Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Parlamentares prometem derrubar veto a lista tríplice de agência

Bolsonaro também barrou quarentena de indicados que tenham vínculo com empresas e o comparecimento anual ao Senado para prestação de contas

Por Da Redação Atualizado em 26 jun 2019, 16h55 - Publicado em 26 jun 2019, 11h13
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta quarta-feira, 26, a nova Lei das Agências Reguladoras, sancionada na terça-feira 25 pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), com vetos. Entre os cinco dispositivos barrados pelo presidente está o que previa a escolha de dirigentes destes órgãos por meio de seleção pública e formação de uma lista tríplice. No Congresso, no entanto, a expectativa é de que os parlamentares revertam a medida.

    De acordo com o Planalto, o artigo “restringe a competência constitucionalmente conferida ao chefe do Poder Executivo para fazer as indicações desses dirigentes”. A justificativa principal é que o artigo como foi aprovado pelo Congresso viola dispositivo da Constituição que prevê que “compete privativamente ao presidente da República” a nomeação de ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores.

    A proposta aprovada no Congresso estabelecia que a lista tríplice seria elaborada por uma comissão de seleção, que teria sua composição e forma de atuar regulamentadas pelo próprio presidente da República. O texto do projeto também mantinha com o presidente a prerrogativa de indicar o nome dos dirigentes das agências.

    Ontem, Bolsonaro afirmou que iria vetar o trecho do projeto. O presidente alegava que a proposta prevê a possibilidade de delegar ao Parlamento a função de escolher os nomes, retirando uma prerrogativa que hoje é do Executivo. No fim de semana, ao falar sobre a proposta, Bolsonaro chegou a dizer que o Congresso queria torná-lo uma “rainha da Inglaterra” ao retirar sua atribuição. Ontem, ele voltou a dizer que pretende manter “poder de influência” nestes órgãos.

    A lei sancionada indica obrigações às agências, tais como a criação de ouvidorias, apresentação de plano estratégico quinquenal, plano de gestão anual e agenda regulatória, dando transparência e previsibilidade à atuação regulatória. A nova legislação permite a descentralização das competências de fiscalização e aplicação de sanções, para agências estaduais, municipais ou outros órgãos regulatórios.

    Continua após a publicidade

    O presidente vetou ainda outros quatro pontos da lei. Um deles previa que o dirigente indicado fosse submetido a quarentena de doze meses sem vínculo com pessoas jurídicas. Para o governo, o dispositivo “cria vedação excessiva e desnecessária”.

    O artigo que previa o comparecimento anual obrigatório de diretores no Senado para a prestação de contas também foi vetado. Isso porque, de acordo com o governo, “cuida de tema que deve ser disciplinado exclusivamente na Constituição Federal, uma vez que envolve o controle do Poder Executivo pelo Poder Legislativo”. Foi vetado ainda o artigo que permite que atuais diretores sejam reconduzidos.

    Reação

    Entre parlamentares, há promessa de derrubada do veto. Deputados e senadores sinalizam que a análise da medida de Bolsonaro, que é feita em sessão do Congresso, terá prioridade. Até parlamentares do PSL, partido do presidente, admitem que será difícil mantê-lo.

    Continua após a publicidade

    Em entrevista a VEJA, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), uma das relatoras da nova Lei das Agências Reguladoras, afirmou que o texto não tira poderes do Executivo e que o veto seria um equívoco do presidente. Ela disse que o projeto tinha o objetivo de tirar a “faca que muitos partidos colocam no pescoço do presidente” durante o processo de seleção dos diretores.

    Na Câmara, o líder do PDT, André Figueiredo (CE), confirmou a disposição dos colegas em derrubar o veto. “É um projeto antigo que quase não altera a competência do presidente. Não tem por que esse governo vetar nada. Acho que há um sentimento na Casa para derrubar o veto, sim”, afirmou. O líder do Solidariedade, deputado Augusto Coutinho (PE), concorda e diz que, atualmente, “nada do que vem do governo está tendo boa vontade no Congresso”.

    (com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.