Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Para ministro de Dilma, ‘não há quem controle corrupção’

Ao tratar do megaescândalo de corrupção na Petrobras, Gilberto Carvalho liga o caso ao financiamento privado de campanhas - cujo fim interessa ao PT

Por Gabriel Castro, de Brasília
7 set 2014, 12h54

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, admitiu neste domingo que o governo é incapaz de combater a corrupção – e continuará sendo, na avaliação dele, enquanto não houver uma reforma política que ponha fim ao financiamento empresarial de campanhas.

Leia também:

“O governo do PT patrocinou um assalto à Petrobras”, diz Aécio

A afirmação foi dada após uma pergunta sobre a delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Conforme revelou VEJA nesta semana, ele citou os políticos beneficiados pelo esquema de corrupção na estatal em depoimento à Polícia Federal. Costa afirmou que políticos da base aliada à presidente Dilma e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que disputava a Presidência da República ao lado de Marina Silva, receberam dinheiro do esquema. O rol de citados pelo delator inclui três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. De acordo com depoimento de Paulo Roberto Costa, o esquema funcionou nos dois mandatos do ex-presidente Lula, mas também adentrou a atual gestão da presidente Dilma.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Corrupção na Petrobras é ‘mensalão 2’, diz Aécio

Como a delação de Costa impacta a corrida eleitoral

Continua após a publicidade

Oposição quer convocação imediata de Costa na CPI

Conheça os novos dos políticos citados por Paulo Roberto Costa

“Enquanto houver financiamento empresarial de campanha e as campanhas tornarem-se o momento de muita gente ganhar dinheiro e de se mobilizarem muitos recursos, eu quero dizer: não há quem controle a corrupção enquanto houver esse sistema eleitoral. Isso é com todos os partidos. Não há, infelizmente, nenhuma exceção”, afirmou o ministro, após o desfile de 7 de Setembro, em Brasília. Não por acaso, o financiamento público de campanha é de grande interesse do PT. Com o fim do financiamento privado, a maior parte do dinheiro teria de sair dos cofres públicos. E a divisão seria feita de acordo com o tamanho das bancadas, o que favoreceria os maiores partidos. A presidente Dilma Rousseff chegou, inclusive, a colocar o tema na lista de perguntas de seu fracassado plebiscito em resposta às manifestações de junho do ano passado.

Continua após a publicidade

Gilberto Carvalho afirmou também que o Planalto vai aguardar as informações oficiais para decidir quais providências tomar diante do caso. “O governo não pode tomar conhecimento de uma denuncia que é, por enquanto, sem nenhuma comprovação”, afirmou. O petista declarou ainda que, sem detalhes do que Costa contou à Polícia Federal, não há razões para crer que a campanha será afetada. “Eu não acredito que uma simples notícia com o alarde que ela ganha possa interferir no destino da eleição”, disse ele. Carvalho também confirmou que, a partir de segunda-feira, vai tirar férias para se dedicar à campanha. Ele diz acreditar em uma vitória “dura” e “calejada” de Dilma.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.