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Para 84%, Temer errou ao nomear ministros investigados

Levatamento feito pelo Instituto Paraná para o site de VEJA indica que mais de 60% dos entrevistados acham que caciques do PMDB alvos de pedidos de prisão vão terminar atrás das grades

Por Felipe Frazão 16 jun 2016, 07h14
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  • Um dos principais motivos de desgaste para o presidente interino Michel Temer (PMDB), a nomeação de ministros investigados na Operação Lava Jato é amplamente reprovada pela maioria da população brasileira, aponta levantamento do Instituto Paraná Pesquisas realizado a pedido do site de VEJA. A pesquisa indica também que a chegada de Temer ao poder não mudou percepção popular sobre a corrupção no governo federal e que mais de 60% acham que caciques do PMDB alvos de pedidos de prisão vão terminar atrás das grades.

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    Para 84,1% dos entrevistados, os ministros envolvidos na Lava Jato não deveriam ter sido nomeados. Apenas 12,6% responderam que, até que sejam condenados pela Justiça, os ministros poderiam continuar no cargo. Só 3,3% não souberam responder.

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    A pesquisa foi concluída nesta quarta-feira, antes de vir à tona a citação de Temer na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. Ele afirmou ter combinado com Temer a doação de 1,5 milhão de reais de origem ilícita pela empreiteira Queiroz Galvão à campanha do ex-peemedebista Gabriel Chalita (PDT) à prefeitura de São Paulo, em 2012. Temer afirmou que a acusação é “inverídica”.

    Gravações de conversas privadas de Machado e líderes do PMDB e que integram o acordo de colaboração premiada levaram Temer a demitir dois ministros: Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle, nas primeiras semanas de governo. Nas conversas com Machado, eles deram opiniões sobre a investigação e falaram sobre meios de defesa. Depois de exonerá-los, Temer afirmou que “ninguém vai interferir na Lava Jato”.

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    VEJA

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    pesquisa: Ministros investigados na Lava Jato
    pesquisa: Ministros investigados na Lava Jato (VEJA)

    Também são alvos da Lava Jato e citados na investigação os ministros do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Aparecem em conversas e documentos apreendidos Eliseu Padilha (Casa Civil), Ricardo Barros (Saúde), Mendonça Filho (Educação), José Serra (Itamaraty), Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário), Bruno Araújo (Cidades) e Raul Jungmann (Defesa). Todos negam irregularidades e continuam nos cargos.

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    O instituto também questionou os eleitores sobre os pedidos de prisão encaminhados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra caciques do PMDB. Para 63,8%, o senador Romero Jucá (RR), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente da República José Sarney e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), acabarão sendo presos. Eles não serão presos para 30,5%, e 5,6% não souberam responder. O ministro do Supremo Teori Zavascki já negou o pedido de prisão de Jucá e Renan, a restrição com uso de tornozeleira eletrônica para Sarney e deu prazo para defesa antes de decidir a prisão de Cunha.

    A pesquisa testou o nível de percepção da corrupção no país, desde que Temer assumiu, provisoriamente, a Presidência da República. com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, em maio. Para 74,4% dos entrevistados, nada mudou: a corrupção no governo permaneceu como estava com a chegada de Temer. A impressão de que a corrupção no governo aumentou ou diminuiu tem índices semelhantes: para 11,8%, caiu, e para 9,6%, cresceu.

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