Os números de Alexandre Padilha na disputa pelo governo de São Paulo incomodam – e muito – o PT. Neófito em eleições, ele deixou o cargo de ministro da Saúde em fevereiro para cair na campanha – antecipada, conforme entendeu a Justiça Eleitoral – e acumula oito meses de estrada, sendo três em campanha oficial. Mas segue um desconhecido para a maior parte dos quase 32 milhões de eleitores paulistas. Pesquisas internas do comitê indicam que 70% dos eleitores no Estado ainda não sabem quem é o ex-ministro. Ou seja, já na reta final da campanha, Padilha só é conhecido por 30% do eleitorado. O resultado tira o sono do candidato e da contestada coordenação de comunicação e marketing de sua campanha, que já consumiu quase 32 milhões de reais do deficitário borderô petista. Numa conta aproximada, Padilha gastou mais de 1,06 milhão de reais para se tornar conhecido de cada 1% do eleitorado, algo em torno de 320.000 pessoas. E pior: segundo pesquisa Datafolha, só 9% dos eleitores (2,8 milhões de pessoas) declaram voto no petista, o que deve deixar seu desempenho nas urnas muito abaixo dos tradicionais 30% dos votos obtidos pelo PT na corrida pelo Palácio dos Bandeirantres. O cenário é ainda mais grave se for levado em conta quanto o petista arrecadou até agosto: 4,1 milhões de reais, de acordo com dados declarados à Justiça Eleitoral. (Felipe Frazão, de São Paulo)
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