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Os recados do Centrão para Paulo Guedes

Ministro da Economia segue sendo cobrado por cargos prometidos aos parlamentares

Por Letícia Casado 24 out 2021, 11h56
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    GUEDES: destinatário de importantes recados do Centrão, do qual fazem parte o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Michel Jesus/Getty Images)

    O aumento da pressão do Centrão sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, que resultou na debandada de parte da equipe econômica na última quinta-feira ainda não foi o suficiente para apaziguar os ânimos da classe política. A abertura de espaço fiscal para emendas parlamentares era a principal demanda do grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira, mas ainda está na mesa a cobrança pela nomeação de cargos-chave no governo, como a chefia da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

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    Guedes foi convocado para participar de reunião da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados no dia 10 de novembro. É este o prazo para o ministro se acertar com Lira. Deputados afirmam que, até lá, o presidente da Câmara “vai dar o tom” do depoimento; se Lira estiver em paz com Guedes, os parlamentares devem estar menos agressivos nos questionamentos. Os congressistas não descartam que a audiência seja cancelada, caso a paz seja instalada. 

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    O presidente da Câmara tem repetido a colegas que entregou o que Guedes pediu, como privatização dos Correios, reforma do imposto de renda e MP da Eletrobras, mas que o ministro da Economia tem atrasado as nomeações para cargos já combinados. 

    “Sei que o presidente não pediu isso, porque acredito que ele confia em mim e eu confio nele, mas sei que muita gente da ala politica andou oferecendo nome e fazendo pescaria”, disse Guedes nesta sexta-feira, 22, em pronunciamento ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no qual desmentiu boatos sobre eventual demissão.  

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    Deputados governistas têm dito que a insatisfação com Guedes cresceu ao longo do ano por causa da dificuldade do ministro em encontrar uma solução para estimular a economia e implementar o Auxílio Brasil sem reduzir as emendas parlamentares, que, destinadas às bases, financiam projetos e impulsionam as campanhas de 2022. 

    “O entorno político do Bolsonaro de hoje, que é o Centrão, percebe que eleitoralmente a última boia de salvação do presidente, que é essa questão do Auxilio Brasil. E é um entorno que tradicionalmente não tem compromisso com responsabilidade fiscal, então vão fazer qualquer estripulia que garanta isso”, diz o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara. “A conta que eles não estão fazendo é o custo econômico. O reajuste, nos termos em que o governo está colocando, vai ser engolido por inflação, juros, câmbio. E vai afundar o país em recessão profunda no ano que vem, em ano eleitoral.”

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    No começo do ano Guedes protagonizou embate com o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) justamente por causa do aumento da verba destinada às emendas parlamentares no Orçamento. 

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