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Os cinco trabalhos de Haddad para salvar a meta de déficit zero

Sob pressão até do presidente, ministro tem de convencer o Congresso a aprovar projetos destinados a aumentar a arrecadação

Por Daniel Pereira 19 nov 2023, 08h50

O ministro Fernando Haddad conseguiu convencer o presidente Lula a não abrandar por enquanto a meta fiscal de 2024, como queriam — e ainda querem — o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e a comandante do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que desde o início do governo duelam com o titular da Fazenda sobre decisões econômicas.

Apesar de o próprio Lula ter dado declarações contrárias ao plano de Haddad, o ministro ganhou tempo para mostrar a viabilidade de sua meta de déficit zero, que só tem chance de ser alcançada se forem aprovados quatro projetos em tramitação no Congresso. Só um deles, que trata do fim de subvenções de ICMS, pode render 35 bilhões de reais à União. Outro, sobre taxação de offshores e fundos exclusivos, mais 20 bilhões de reais.

Em conversas com líderes partidários, Haddad fez um apelo para que as propostas sejam aprovadas até o fim do ano. Pediu também empenho pela reforma tributária. É aí que entra o quinto e mais complicado trabalho do ministro: negociar apoio a seu pacote. Desde o início do ano, toda negociação do governo com o Legislativo se mostrou custosa. Tão custosa que Lula entregou recentemente dois ministérios ao Centrão.

Como Haddad tem pressa, a tendência é os parlamentares se aproveitarem disso e encarecerem a fatura. Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o deputado Danilo Forte (União Brasil) já até adiantou o que querem os congressistas — aumentar o valor das emendas parlamentares, que este ano somam 36 bilhões de reais, em cerca de 17 bilhões de reais. Parece muito, mas o apetite é maior no Palácio do Planalto.

De olho nas eleições municipais de 2024 e na popularidade de sua gestão, Lula não quer saber de corte de gastos no próximo ano. Ele já deixou claro que, se Haddad fracassar na tentativa de ampliar a arrecadação, não aceitará corte de despesas de até 50 bilhões de reais no próximo ano. Do Executivo ao Legislativo, a vontade é de gastar cada vez mais. Até aqui, Haddad faz um esforço hercúleo — e praticamente solitário — para remar contra a maré.

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