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Operador de Serra admite repasses no exterior, diz jornal

O ex-deputado recebeu recursos da Odebrecht em contas na Suíça relacionados à campanha de 2010 do então candidato a presidência José Serra (PSDB)

Por Da redação
9 jan 2017, 09h47

O empresário e ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho (PSDB) admitiu que recebeu recursos da empreiteira Odebrecht no exterior relacionados à campanha de 2010 do então candidato a presidente José Serra (PSDB), segundo a edição deste último sábado do jornal Folha de S. Paulo.

Os repasses seriam ressarcimento a Coelho por ele ter adiantado o pagamento de despesas da campanha tucana. Segundo o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Coelho, tais valores foram incluídos na adesão do empresário ao recente programa de regularização de ativos no exterior.

Em outubro, que Coelho foi apontado pela Odebrecht em negociações de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato como um dos operadores de 23 milhões de reais repassados pela construtora, via caixa dois, à campanha de Serra.

O empresário, integrante da coordenação política do tucano em 2010, foi responsável pelo acerto de uma parte desse valor no exterior, de acordo com a construtora. Em delação, a empreiteira  afirmou que o dinheiro foi repassado em uma conta na Suíça.

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José Serra, atual ministro das Relações Exteriores, afirmou, por meio de sua assessoria, que “todas as suas campanhas eleitorais foram feitas nos termos da legislação vigente, com as finanças sob a responsabilidade do partido”.

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Em novembro, no entanto, Coelho havia aderido ao programa de regularização de ativos no exterior prevista na chamada Lei de Repatriação. O advogado do ex-deputado afirma que essa adesão envolveu os valores recebidos da Odebrecht e dinheiro resultante de investimentos do empresário.

Segundo o criminalista, Coelho pagou um montante correspondente a 30% do valor que estava no exterior, a título de impostos e multa. O ex-deputado federal, porém, preferiu não repatriar o dinheiro, o que é uma possibilidade prevista na lei, afirma a defesa. A explicação do empresário para os repasses da Odebrecht relativos à campanha de Serra de 2010 está alinhada a depoimentos de executivos da empreiteira de que as transferências não envolveram o pagamento de propina.

As pessoas citadas na colaboração premiada da Odebrecht somente poderão ser chamadas a prestar depoimento depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) avaliar se os acordos assinados com executivos da empreiteira cumpriram os requisitos legais.

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Por meio de nota, a empreiteira Odebrecht afirma que “não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça”.

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