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O que dizem os poucos que acham que Bolsonaro não afrontará eleição

Ofícios ao TSE, acenos de Flávio Bolsonaro ao STF e conversa do presidente com Alexandre de Moraes são citados como exemplos de que tese de golpe não é real

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jul 2022, 10h56 - Publicado em 16 jul 2022, 10h17
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  • Um raciocínio muito peculiar de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro tem sido construído para tentar sustentar a tese de que, apesar da verborragia do ex-capitão contra a Justiça Eleitoral, não há intenção do Executivo de afrontar o resultado das urnas e tampouco não reconhecer a vontade soberana dos eleitores. Mesmo diante das frequentes críticas do mandatário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da ofensiva das Forças Armadas para apresentar uma nova rodada de questionamentos sobre a segurança das eleições e se preparar para uma auditoria paralela, a tese dos poucos no governo que duvidam do risco de extremismo de Bolsonaro é a de que, se fosse para o chefe do Executivo dar um golpe de Estado, não haveria razão para o mise-en-scène de ofícios em que o Exército apresenta sugestões sobre o funcionamento dos equipamentos de votação.

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    Por este mesmo raciocínio, se o presidente quisesse promover uma rebelião nos moldes da invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, ele não viria a público de antemão atacar e desqualificar os ministros do TSE ou mesmo se prestar a conversar em privado, conforme revelou VEJA, com o futuro presidente do tribunal, Alexandre de Moraes. Ficaria, segundo seus interlocutores, em silêncio à espera do suposto Dia D. Dentro deste contexto anti-golpe se encaixariam também as conversas que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), de todos os filhos o mais talhado para a articulação política, mantém com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Este tipo de análise, embora presente entre alguns integrantes do primeiro escalão, é quase residual entre os auxiliares mais próximos do presidente, que em grande parte atuam como ventríloquos do chefe em discursos extremados e questionamentos à segurança do processo eleitoral. Independentemente das esparsas interpretações otimistas, a eloquência dos ataques de cunho golpista se transformou em um dado real para a maioria dos brasileiros. Segundo levantamento do Datafolha de maio, 56% dos entrevistados afirmam que a ofensiva de Jair Bolsonaro contra o TSE, o STF e as eleições deve ser levada a sério pelas instituições.

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