O novo projeto de Flávio Bolsonaro ao lado de advogados da rachadinha
Senador lança nesta tarde iniciativa para prestar serviços advocatícios a policiais enrolados com a Justiça
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho zero um do presidente Jair Bolsonaro, lança nesta segunda-feira, 2, um projeto bem alinhado com sua base histórica de votos no Rio de Janeiro: a defesa – literalmente – da atividade policial e suas consequências. Ao lado dos advogados Paulo Klein, Gustavo Botto e Antonio Carlos Marques Fernandes, o parlamentar idealizou o Legítima Defesa, que dará atendimento advocatício para agentes de segurança que tiverem problemas com a Justiça.
Os advogados parceiros têm relação com o famoso processo da rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj. Botto, que já atuou para o senador, chegou a ser alvo de busca e apreensão em junho de 2020, mesma ocasião em que o suposto operador do esquema, Fabrício Queiroz, foi preso. Segundo o Ministério Público, ele teria ajudado a obstruir as investigações.
Klein, por sua vez, defendeu Queiroz por cerca de um ano, entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019, quando deixou o caso. Para o advogado, que já costuma trabalhar para policiais, é importante mostrar que o agente de segurança é “um sujeito de direitos, que possui família, amigos e que exerce sua atividade com coragem e abnegação, mesmo diante de condições ainda distantes da adequada”. Fechada, a cerimônia de lançamento do projeto ocorreu nesta tarde no escritório de Klein, no centro do Rio.
“Não é de hoje que nossos policiais têm mais preocupação com o Judiciário do que com o bandido armado”, disse Flávio na solenidade. O recém-empossado desembargador Eduardo Biondi chegou a marcar presença e foi saudado pelo senador.
Quando deputado em seu berço político, o filho de Bolsonaro presidiu a Comissão de Segurança da Alerj e sempre teve como principal bandeira a defesa irrestrita dos policiais. Entre eles, um nome famoso: Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Bope que viria a se tornar o chefe do Escritório do Crime.