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O mistério da mochila de dinheiro que assombra a campanha no Piauí

Polícia Federal investiga relação de políticos piauienses ligados à campanha do PT no estado com bolada apreendida em Teresina

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 set 2022, 18h30

A menos de quatro dias das eleições, um mistério tem movimentado o cenário político do Piauí. Na semana passada, a partir de uma denúncia anônima, a Polícia Federal interceptou uma picape que trafegava pela zona leste de Teresina. Dentro dela, os agentes encontraram uma mochila vermelha com 189.700 reais, um saco branco com 150.000 reais e, escondido debaixo do banco traseiro, mais 20.000 reais – no total, 359.700 separados em maços de notas de 50 e 100. O motorista do carro tentou fugir, foi perseguido pelos agentes, detido e levado para a delegacia. Autuado em flagrante, ele se negou a prestar depoimento – o que desencadeou uma série de rumores sobre a origem e o destino do dinheiro.

O caso ainda está sob investigação, mas alguns detalhes colhidos pela Polícia Federal apontam para o envolvimento de políticos locais. O motorista que se negou a prestar depoimento é Wellington do Nascimento Mesquita. Ele recebe um salário de 3.600 reais mensais como servidor da Assembleia Legislativa do Piauí, comandada pelo deputado estadual Themístocles Filho (MDB), candidato a vice-governador do estado na chapa do petista Rafael Fonteles.

Já a picape, pertence a uma locadora. O carro havia sido alugado para a empresa JDN Empreendimentos Urbanos, dona de contratos milionários com diversos órgãos públicos do governo do Piauí, comandado pelo petista Wellington Dias

De acordo com os investigadores, o dono da empresa, Jackson Nogueira, é próximo ao deputado estadual João Madison (MDB), que, por sua vez, disputa a reeleição e é aliado de Themístocles, o candidato a vice-governador. Essas conexões alimentaram muitos boatos, mas a principal suspeita é que o dinheiro seria usado para comprar votos. 

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A VEJA, o deputado João Madison disse que não conhece o funcionário da Assembleia Wellington Mesquita e negou que o dinheiro tivesse o gabinete dele como destino. “É só a Polícia Federal me chamar para depor que eu vou, mostro todo o meu gabinete, não tenho a esconder nada”.  Jackson Nogueira e a JDN também foram procurados, mas  não atenderam aos chamados. 

De acordo com pesquisa Ipec para o governo do Piauí, o ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes (União Brasil) lidera a disputa para com 43% das intenções de voto, seguido por Rafael Fonteles, com 29%, que lidera a coligação que inclui o PT e o MDB.

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