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O ‘impasse Tebet’ e o ensaio de protesto dos ‘sem-ministério’

Xadrez para formação do primeiro escalão tem críticas a Tebet e partidos pequenos momentaneamente preteridos

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 dez 2022, 15h10 - Publicado em 24 dez 2022, 14h57

O impasse sobre a definição de um possível ministério para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que no segundo turno cerrou fileiras em torno da candidatura de Lula à Presidência, é um dos principais nós na definição da futura equipe de primeiro escalão do presidente eleito, mas não o único. Tebet já foi sondada para pastas como Meio Ambiente e Planejamento e, às vésperas de encerrar o mandato parlamentar, deve ter o destino selado na próxima semana, quando Lula estará de volta a Brasília para finalizar o anúncio dos integrantes dos ministérios. Não tão silenciosamente, porém, outros partidos que se alinharam ao petista no projeto que ficou conhecido como frente ampla também reclamam de terem sido escanteados até o momento e estão em pé de guerra para garantir um lugar ao sol no governo que se inicia em 2023.

O motivo da insatisfação de partidos menores, como Solidariedade, PV, Avante e Pros, é o de que pode faltar cargos para eles na Esplanada. Eles são responsáveis por apenas 23 deputados na atual formação da Câmara, mas lembraram a integrantes da equipe de transição que votaram em massa a favor da proposta de emenda constitucional que permitiu uma folga de 175 bilhões de reais para além do texto de gastos para honrar o pagamento de 600 reais mensais para beneficiários do futuro Bolsa Família. Um interlocutor dos “sem-ministério” diz que a indisposição das quatro legendas poderia até mesmo provocar a primeira fissura na frente ampla que se formou em apoio ao novo presidente.

Entre os mais insatisfeitos no grupo com a indefinição dos ministérios está o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que depois de endossar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff, embarcou na candidatura de Lula ao Palácio do Planalto. Paulinho não foi reeleito em outubro. Outro grupo que ainda espera um aceno da equipe de Lula é o pequeno Avante. A sigla tem apenas seis deputados, mas foi a primeira a abrir mão da candidatura em favor de Lula e abriga o deputado federal André Janones, que tomou a linha de frente nas redes sociais da campanha do petista.

Críticas – Negligenciada por parte importante do MDB, que preferia desde o primeiro turno que a agremiação apoiasse a candidatura de Lula, Simone Tebet, a mais emblemática das ‘sem-ministério’ até o momento, tem sido criticada por uma parcela de seu partido por supostamente impor condições exageradas para integrar o futuro governo. Sob reserva, um cacique emedebista afirmou nos últimos dias que as negociações por espaço na Esplanada dos Ministérios deveriam ser conduzidas de forma a não parecer “soberba”. “Quem ganhou a eleição foi Lula, e quem é convidado não pode ditar tanta regra”, diz.

Na quinta-feira 22, em reunião com o MDB, Lula discutiu a cota que o partido terá em seu governo. Expoentes do partido querem que a eventual escolha de Tebet para uma pasta seja contabilizada como cota pessoal de Lula, já que os emedebistas querem, além do senador eleito Renan Filho (MDB-AL), emplacar também um segundo nome, escolhido pelo MDB da Câmara.

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