À espera da revelação dos nomes dos políticos apontados como beneficiários do petrolão, líderes dos partidos defendem que as presidências das comissões permanentes mais importantes do Senado sejam decididas só na próxima semana – a previsão era que forssem escolhidas nesta terça e quarta-feira. Motivo: senadores como o ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA) e os petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Delcídio Amaral (MS) pleiteiam controlar as poderosas Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Ex-ministra da Casa Civil e candidata derrotada ao governo do Paraná, Gleisi é suspeita de ter recebido 1 milhão de reais para a campanha ao Senado em 2010. Os valores foram pedidos pelo doleiro Alberto Youssef ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Edison Lobão aparece entre as autoridades citadas por Costa como beneficiários de propina de contratos fraudados na Petrobras. Delcídio Amaral foi responsável por indicar para a Área Internacional da Petrobras o ex-diretor Nestor Cerveró, preso sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro na estatal. (Laryssa Borges, de Brasília)