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O dilema de Moro: atacar Bolsonaro até que ponto?

Campanha do ex-juiz passa por uma espécie de fase de testes para encontrar o tom das críticas a serem feitas ao presidente

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 mar 2022, 17h34 - Publicado em 15 jan 2022, 12h05
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  • Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, Sergio Moro comprou briga com o grupo de advogados Prerrogativas na entrevista que concedeu à edição deste fim de semana de VEJA, mas seu adversário imediato na pré-campanha não são os defensores de boa parte dos investigados na Lava-Jato, e sim o presidente Jair Bolsonaro (PL). Para se tornar competitivo e embaralhar o cenário eleitoral, o ex-juiz ouviu de dirigentes de seu partido que precisa cabalar pelo menos 5 pontos percentuais das intenções de votos dadas hoje ao antigo chefe, mas ele próprio ainda não sabe qual a estratégia mais eficaz para que isso ocorra.

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    O motivo da incerteza é que Moro não sabe até que ponto pode atacar o presidente sem perder possíveis eleitores que atualmente têm simpatia por Bolsonaro mas que consideram o ex-magistrado como um voto possível. Pesquisa Quaest/Genial Investimentos divulgada na quarta-feira, 12, mostra que 26% dos entrevistados não querem votar nem em Lula (PT) nem em Bolsonaro e, destes, 44% afirmaram que votariam ou poderiam votar no ex-juiz.

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    É a partir de diagnósticos como o revelado pelo levantamento da Quaest que Moro está convencido de que se atacar Bolsonaro em demasia pode provocar ojeriza de ex-bolsonaristas ou de eleitores arrependidos do ex-capitão e não conseguir deslanchar na corrida presidencial. O tom da pré-campanha está em uma espécie de fase de testes. Nos últimos dias, ele deixou as ‘escusas’ e ‘data vênias’ típicas de seu linguajar como juiz e partiu para cima de seus principais adversários na corrida presidencial.

    Em uma postagem que anunciava uma viagem de campanha à Paraíba, disse que precisava “salvar” o país de “milicianos” e “pelegos”. O ataque explícito a Bolsonaro e sua vinculação a milícias não foi bem digerido na campanha, e o ex-juiz ouviu ponderações de que o tom foi exagerado e que poderia afugentar eleitores. “O adversário principal no primeiro turno é o Bolsonaro. O problema são o jogo sujo e as fake news, que dizem, por exemplo, que Lula foi perseguido e que Bolsonaro foi traído. Numa jornada longa como essa, há acertos e erros, ninguém tem a receita da verdade, mas o fato é que temos que construir uma estratégia para enfrentar o presidente Bolsonaro”, disse Moro a VEJA.

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