O dia em que Valdemar amarelou para Alexandre de Moraes
Presidente nacional do PL cogitou entrar com ação questionando decisão do ministro do Supremo, mas desistiu
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, pensou em ingressar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar decisões supostamente abusivas tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes no dia em que ele autorizou a polícia a fazer uma operação para prender os apoiadores bolsonaristas responsáveis pelos atos de vandalismo cometidos em Brasília no dia 13 de dezembro. A ideia era fazer isso mediante apresentação de um habeas corpus.
Horas depois de comunicar internamente que entraria com o recurso no STF, Costa Neto passou a ser aconselhado por integrantes do PL a desistir. Assessores lembraram de uma súmula do Supremo que proíbe o questionamento de decisões de ministros da Corte por meio de habeas corpus. O ex-deputado também foi alertado de que não seria interessante entrar num embate com o Alexandre de Moraes, especialmente porque ainda não está muito claro o que teria acontecido no dia 13 de dezembro.
Além de presidir o partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto é aliado de primeira hora do presidente. Os vândalos que promoveram a baderna em Brasília vestiam camisa verde e amarela. A Polícia Federal investiga, inclusive, a informação que alguns deles estavam acampados em frente aos QG do Exército.