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O devaneio econômico de Ciro tem um objetivo: atrair os votos da esquerda

Presidenciável radicaliza discurso com termos como expropriação, revogação de contratos e aumento de impostos e assusta empresários e o mercado financeiro

Por Roberta Paduan
29 jun 2018, 18h00
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  • “Expropriação”, “revogação de contratos” e “limite na expansão do gasto com a dívida”. Se a intenção de Ciro Gomes era assustar o mercado, ele está de parabéns. O pré-candidato do PDT à Presidência da República caprichou nos últimos dias. Já havia defendido a revogação da lei que estabelece um teto para os gastos públicos, a mudança da política de preços da Petrobras e o aumento de impostos para transações financeiras (veja detalhes na pág. ao lado). No último dia 21, afirmou à revista Americas Quarterly, lida pela fina flor do empresariado americano: “Para ser claro com o investidor estrangeiro, estou anunciando e repetirei: todos os campos de petróleo brasileiros que foram vendidos no exterior após o golpe e após a revogação da Lei de Partilha serão expropriados, com a devida compensação”. Na quinta-feira 28, em encontro organizado pela empresa de investimentos XP, Ciro manteve o tom: diante de uma seleta plateia de clientes da consultoria, repetiu ipsis litteris tudo o que disse ultimamente, inclusive as propostas de rompimento de contratos na área de petróleo e de redução do gasto com o pagamento da dívida.

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    Em se tratando de discurso de candidato, há sempre método por trás do devaneio. Com sua retórica antimercado, Ciro não almeja perder votos, mas conquistá-los na outra ponta. Em terceiro lugar na última pesquisa do Datafolha (ele aparece com 10% das intenções de voto), o pedetista concluiu que, para chegar ao segundo turno, terá de radicalizar o discurso, sobretudo o econômico. A ideia é conquistar o segmento mais ideológico da esquerda, formado por eleitores de classe média alta, que vivem em áreas urbanas, têm ensino médio ou universitário completos, são eleitores históricos do PT e do PSOL e, naturalmente, abominam a ideia de ter Jair Bolsonaro caminhando entre as emas do Palácio da Alvorada.

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