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O derretimento do prestígio de Lula entre duas eleições municipais

Em 2008, presidente tinha uma aprovação de 64% e era um cabo eleitoral cobiçado por toda sorte de candidatos a prefeito, um quadro bem diferente do atual

Por Daniel Pereira 11 ago 2024, 18h03
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  • FUTURO - Boulos e Lula: vitória em São Paulo é considerada estratégica para os planos reeleitorais do presidente
    FUTURO - Boulos e Lula: vitória em São Paulo é considerada estratégica para os planos reeleitorais do presidente (Ricardo Stuckert/PR)

    Em 2008, em seu segundo mandato na Presidência da República, Lula era um sucesso de popularidade. Uma pesquisa Datafolha divulgada em setembro daquele ano, pouco antes da eleição municipal, revelou que o governo do petista era considerado ótimo ou bom por 64% dos entrevistados, enquanto apenas 8% avaliavam a gestão como ruim ou péssima.

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    Esse prestígio era um valioso ativo político. Lula era cortejado como um grande cabo eleitoral, assediado até por candidatos a prefeito filiados a partidos de oposição. As legendas de sua base, preocupados com a possibilidade de ele desequilibrar a disputa a favor do PT, pediam ao presidente que não tomasse partido nas disputas entre governistas e só subisse nos palanques em caso de confronto entre um aliado e um opositor.

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    Popular, Lula conseguiu influenciar a votação . O PT, por exemplo, elegeu quase 550 prefeitos, um crescimento de mais de 30% na comparação com 2004. Já as duas principais siglas de oposição da época, PSDB e DEM (incorporado ao atual União Brasil), saíram como grandes derrotados no primeiro turno.

    Dias de rejeição

    Hoje, o quadro é diferente. Em 2020, ainda como reflexo da Operação Lava-Jato, da recessão econômica legada por Dilma Rousseff e da ascensão ao poder de Jair Bolsonaro, o PT elegeu apenas 182 prefeituras e não conquistou nenhuma capital. Em 2024, o partido espera crescer nas eleições municipais, mas não conta com um salto expressivo.

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    Um dos motivos é a opção pelo projeto de reeleição de Lula em 2026, que levou o presidente a determinar aos correligionários que abrissem mão de candidaturas em grandes colégios eleitorais, como São Paulo e Rio de Janeiro, em nome de candidatos de siglas aliadas, que, assim, seriam estimuladas a retribuir o favor daqui a dois anos.

    Outro motivo é a própria popularidade de Lula. A mais recente pesquisa Datafolha mostrou que 35% dos entrevistados avaliam seu governo como ótimo ou bom, quase 30 pontos a menos do que em setembro de 2008. Já a taxa de reprovação é de 33%, 25 pontos a mais do que a registrada no levantamento de 2008.

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    O petista ainda enfrenta altos índices de rejeição. Em São Paulo, onde o PT apoia o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), 66% disseram que não votariam num desconhecido apoiado pelo presidente, de acordo com levantamento Genial/Quaest. É um número considerável, ainda mais se levado em conta o fato de que o presidente venceu Bolsonaro na capital paulista em 2022.

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