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‘Ninguém que chega à chefia da PGR deve favores’, diz Barroso

Sucessora de Rodrigo Janot na chefia da Procuradoria-Geral da República foi indicada para o cargo pelo presidente Michel Temer

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2017, 14h38 - Publicado em 18 set 2017, 12h39
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  • O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira que ninguém que chega ao cargo de procurador-geral da República deve “prestar favores” a quem o indicou. Na manhã desta segunda-feira, Raquel Dodge tomou posse como sucessora de Rodrigo Janot após ter sido escolhida pelo presidente Michel Temer (PMDB) em uma lista tríplice em que ela foi a segunda mais bem votada da categoria em eleição interna.

    Temer foi denunciado por Janot na semana passada, por organização criminosa e obstrução de Justiça. O ex-procurador-geral da República também acusou o presidente de corrupção passiva, mas a Câmara dos Deputados negou a autorização para o STF investigar o peemedebista. Temer participou nesta segunda da solenidade que marcou o início da gestão de Dodge. Já Janot não compareceu à posse da nova chefe do Ministério Público Federal (MPF).

    “A doutora Raquel Dodge tem uma história de vida e as pessoas, quando chegam nessas posições, vivem para a sua própria biografia, não para prestar favores. Quem é alçado a um cargo desses, claro que pode ter reconhecimento pela autoridade que nomeou, mas o compromisso é com o país, e não com essa autoridade”, disse Barroso, na saída da cerimônia de posse.

    O ministro do STF disse esperar que Dodge continue a atuação serena e de independência do MPF. “Não importa como você chegou, o que importa é o que você vai fazer daqui para frente”, disse Barroso, citando o livro Guerra e Paz, do escritor russo Leon Tolstói.

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    Na semana passada, Barroso autorizou a abertura de um novo inquérito contra Temer para investigar suposto favorecimento do presidente à empresa de terminais portuários Rodrimar S/A por meio do decreto 9.048/2017, que modificou a regulamentação do setorA decisão de Barroso atendeu a um pedido de Janot, que solicitou a abertura da apuração em junho, junto da denúncia contra o presidente por corrupção passiva.

    (Com Reuters)

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