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“Ninguém pode dar conselhos ao futuro presidente”, diz Cristina Kirchner

Ex-presidente da República e atual vice-presidente se afasta cada vez mais de Alberto Fernández, que deixa a economia na bancarrota

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 nov 2023, 14h19

A ex-presidente da República da Argentina Cristina Kirchner, que é vice-presidente no governo de Alberto Fernández, votou  neste domingo, 19, nas eleições para a escolha de um novo mandatário para o país. A eleição está acirrada entre os candidatos Sergio Massa, ministro da economia peronista que deixa o cargo com uma inflação anual de 142,7%, e o ultradireitista Javier Milei, que promete dolarizar a combalida economia argentina e extinguir o Banco Central do país.

Ao votar hoje, em Santa Cruz, Cristina Kirchner evitou dar opiniões sobre o futuro da Argentina, ganhe Massa ou Milei. “Ninguém pode dar conselhos ao futuro presidente”, afirmou Cristina, segundo registrou o Clarín. A vice, descontraída, usava jeans e tênis. “Este é o segundo segundo turno da democracia, é muito forte. A votação ocorre muito rapidamente, esperamos saber os resultados rapidamente também”, disse.

Cristina tem tomado cada vez mais distanciamento de Alberto Fernández, principalmente nesta reta final de governo, que deixa como principal marca o aumento da pobreza e bancarrota da economia argentina. Em outubro, Cristina disse que, após o resultado das eleições, esperava encontrar “um país mais sensato, em que exista consenso e diálogo”, uma crítica direta ao presidente. Sobre o legado de sua administração, Cristina disse que o presidente é o responsável pelas decisões do país.

Os candidatos à presidência da Argentina, Sergio Massa e Javier Milei também já votaram. Representante do partido União pela Pátria, o peronista Massa compareceu à sua seção por volta das 12h no município de Tigre, próximo de Buenos Aires. Em entrevista à imprensa do lado de fora do seu local de votação, o atual ministro da economia destacou a importância da disputa. “É uma eleição extremamente importante, que define por qual país vamos viajar, como navegaremos nos próximos quatro anos, e temos a responsabilidade de construir um caminho de confiança para frente. Queremos que o processo eleitoral corra com serenidade e temperança que deve viver um momento tão crucial para o país ”, afirmou ele, segundo o jornal Clarín.

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