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Nem 65%, nem 26%: 12% dos paulistanos concordam que mulher com roupa curta merece ser atacada

É o que diz pesquisa do Datafolha, que refez em São Paulo a desastrada enquete formulada pelo Ipea

Por Da Redação
13 abr 2014, 16h41
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  • Nem 65%, nem 26%: 12% dos paulistanos concordam total ou parcialmente que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”, segundo o Datafolha, que refez em São Paulo a desastrada enquete formulada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Órgão do governo federal, o Ipea divulgou no final de março que a maioria dos brasileiros concordava com essa frase, o que motivou protestos, mobilizou artistas e autoridades, entre elas a presidente Dilma Rousseff, e teve ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional. Nove dias depois, o instituto admitiu ter errado a tabulação: 26%, e não 65%, concordavam com a frase.

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    O Datafolha também procurou contornar a imprecisão da pergunta original do Ipea. Além de “atacadas”, a nova pesquisa quis saber se os entrevistados concordavam que mulheres em roupas provocantes merecem ser “estupradas”. Resultado: uma fatia menor, 9%, concordou total ou parcialmente com a frase. Os números da pesquisa do Datafolha não desautorizam necessariamente a enquete do Ipea. Uma foi feita em São Paulo – a do Datafolha -, e a outra tem caráter nacional, entre outras diferenças metodológicas. A pesquisa do Datafolha foi feita no dia 7 de abril com 798 moradores maiores de 16 anos, e a margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

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    “Encoxadores” – Segundo o Datafolha, mais da metade dos moradores de São Paulo (53% deles) disseram que já foram vítima de algum tipo de assédio sexual. 49% das mulheres disseram que já foram assediadas no transporte público. Ao serem questionados se os trens deveriam ganhar um vagão exclusivo para mulheres nos horários de pico, 73% dos paulistanos revelaram ser favoráveis à medida – o vagão feminino é adotado, por exemplo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. 86% dos entrevistados concordaram que “homens se aproveitam de ambientes com muita gente, como trens, ônibus e metrô, para ‘encoxar’ e apalpar mulheres”.

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