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Na volta da China, Eduardo Paes mira evangélicos para Prefeitura do Rio

Ex-prefeito do DEM quer ampliar eleitorado do segmento para a disputa deste ano contra a reeleição de Marcelo Crivella (Republicanos)

Por Cássio Bruno Atualizado em 14 jan 2020, 17h55 - Publicado em 14 jan 2020, 17h46

O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) retorna de viagem à China na semana que vem e começa de vez a pré-campanha à sucessão de Marcelo Crivella (Republicanos). Na bagagem, trará a primeira estratégia eleitoral do ano: avançar no apoio de lideranças evangélicas. As primeiras conversas devem ocorrer com o bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, e o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Paes aparece empatado com Crivella pela preferência dos evangélicos. Os dois têm 17%, segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada em dezembro. O objetivo de Paes é conquistar uma fatia deste eleitorado até então dominada pelo atual prefeito, que é evangélico e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, chefiada por seu tio Edir Macedo.

Além de ramificações das Assembleias de Deus, a ideia de Paes é se encontrar também com líderes de denominações de Igrejas Batista e Presbiteriana. Recentemente, o ex-prefeito viajou de férias com a família para Jerusalém, em Israel. As fotos do passeio à Terra Santa foram divulgadas por ele nas redes sociais, com direito a versículos bíblicos.

O ex-prefeito do Rio, que em 2018 perdeu para Wilson Witzel (PSC) a corrida ao Governo do Estado, está na China a trabalho. Além de pré-candidato, Paes é presidente da BYD Motors para a América Latina. Naquele pleito, Paes fez alianças com Abner Pereira e Silas Malafaia. Em 2012, na reeleição à prefeitura, ficou no mesmo palanque dos evangélicos, incluindo a Universal e o próprio Marcelo Crivella.

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O pastor Silas Malafaia é irmão do deputado estadual Samuel Malafaia, do DEM, mesmo partido de Paes. Já Abner é filho do bispo Manoel Ferreira, da mesma igreja. Em maio do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro participou ao lado dos dois da Convenção Nacional das Assembleia de Deus, em Goiânia. À época, Bolsonaro declarou que era  “o momento de o país ter um ministro do Supremo Tribunal Federal declaradamente evangélico”.  

De acordo com o Datafolha, Eduardo Paes lidera entre os eleitores católicos com 28% das intenções de voto. Em segundo lugar, está Marcelo Freixo (PSOL), com 18%. Já Crivella aparece em terceiro com 3%.

Em outra frente, Paes trabalha para se aproximar do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), postulante à Prefeitura do Rio e próximo de Bolsonaro. Otoni sonha com o apoio do clã presidencial. O parlamentar é pastor da Igreja Assembleia de Deus Ministério Missão Vida, na Barra da Tijuca. O ex-prefeito estaria disposto a oferecer a vaga de vice na chapa. As articulações estão sendo encaminhadas pelo também deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), amigo de Paes.

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“Eles (Paes e Otoni) têm conversado. Estão estreitando laços. Mas ainda não tem nada fechado”, afirma Pedro Paulo.

Otoni de Paula, porém, disse à VEJA que “nunca” faria acordo com Paes: “Sou de um novo tempo de fazer política. O povo não perdoa mais esse tipo de política de conveniência.”      

Procurados, Paes e Malafaia não retornaram os contatos até o fechamento desta reportagem. Abner Ferreira não foi encontrado.

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