Na volta a Brasília, Temer deseja ‘harmonia’ ao país e ao PMDB
Depois de terminar 2015 em guerra com a presidente e caciques de seu próprio partido, vice-presidente voltou ao trabalho em tom apaziguador
Depois de um final de ano marcado por desavenças com a presidente Dilma Rousseff e caciques de seu próprio partido, o PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, voltou a Brasilia nesta terça-feira após dezenove dias de recesso e desejou ‘harmonia’ ao país, à legenda que preside e também na sua relação com Dilma.
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Ele falou com jornalistas ao deixar seu gabinete e, questionado sobre sua relação com a presidente, afirmou que será “harmoniosa”. “Precisamos de muita harmonia. Eu tenho dito isso com muita frequência. Acho que o ano novo enseja, pelo menos no começo, exatamente essa ideia da harmonia absoluta no país. Harmonia no PMDB, nas bancadas do PMDB, em todos os locais. Acho que é isso que precisamos esperar”, disse Temer.
Nas últimas semanas, os membros do partido têm apresentado divergências internas quanto à liderança da bancada na Câmara dos Deputados e ao posicionamento da legenda sobre o processo de impeachment contra Dilma. O vice-presidente evitou responder se 2016 será um ano mais difícil do que 2015, mas disse ter esperanças na melhora dos fatores econômicos. “Se for difícil, mas se a economia for esperançosa de que melhore, tudo bem”, declarou.
No final do ano passado, Temer agitou a cena política com uma carta a Dilma em que acusa a presidente de desconfiar do PMDB e de o colocar como um auxiliar “decorativo”.
(Com Agência Brasil)