Na televisão, Dilma pede votos para Fernando Haddad
PT conta com presença da presidente na campanha pela prefeitura de São Paulo para tentar levar ex-ministro ao segundo turno
A presidente Dilma Rousseff estreou nesta segunda-feira na campanha de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, pedindo votos para o ex-ministro da Educação na televisão. “Haddad é a pessoa certa para comandar a grande transformação que essa cidade precisa”, disse. O PT antecipou a participação da presidente na campanha para tentar levar o candidato ao segundo turno.
Dilma destacou o trabalho de Haddad como ministro da Educação e afirmou que, com o petista no comando da maior cidade do país, será possível “consolidar as parcerias” com o governo federal, principalmente em relação aos programas educacionais. A presidente voltou à televisão quatro dias depois de ter usado seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV , na véspera do Sete de Setembro, destinado a anunciar medidas econômicas, para criticar a gestão do ex-presidente Fernando Henrique e defender seu governo. Numa fala politizada, a petista usou expressões como “nova arrancada” e atacou o “antigo e questionável modelo de privatização de ferrovias”.
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Ao lado da mulher, Ana Estela, Haddad dedicou o programa desta segunda-feira à questão da falta de vaga nas creches na cidade – há em São Paulo uma fila de 123.000 crianças esperando por uma vaga – e criticou a gestão do prefeito Gilberto Kassab por “não fazer o que era preciso” para “trazer os recursos” do governo federal. “Até hoje o cadastro não foi preenchido e o dinheiro continua parado. Enquanto a prefeitura perde tempo, as crianças continuam na fila por uma vaga nas creches”, disse o petista.
No início da campanha, Haddad e Alexandre Schneider, ex-secretário municipal da Educação e vice do tucano José Serra na disputa pela prefeitura, travaram uma guerra de versões a respeito de um pedido feito pelo então secretário municipal ao ministro para inclusão da cidade em um programa federal de construção de creches. O petista diz não ter recebido a solicitação, mas Schneider assegura tê-la enviado. “Como fiz quando fui ministro, educação infantil será prioridade”, disse o petista.