Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Na despedida, Marco Maia volta a atacar o Supremo

Deputado do PT deixou a Presidência da Câmara novamente atacando o Supremo Tribunal Federal; quatro mensaleiros ainda têm mandatos

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 fev 2013, 18h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Depois de uma gestão controversa e pontuada por declarações atrapalhadas, o deputado Marco Maia, do PT gaúcho, encerrou nesta segunda-feira seu mandato como presidente da Câmara com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), conduta obsessiva em seus últimos meses no comando da Casa. O petista, novamente, reclamou de interferência do Judiciário no Congresso Nacional.

    Publicidade

    “Não há como deixar de manifestar minha mais profunda preocupação com as intepretações circunstanciais de nossa Constituição por parte do Judiciário, responsável tão somente por sua guarda, mas que tem se arriscado a interpretações que só ao Legislativo cabem, atitude muito preocupante que segue exigindo postura enérgica e intransigente por parte do Legislativo”, disse.

    Publicidade

    Leia também:

    Henrique Eduardo Alves é eleito presidente da Câmara

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Saiba como foi o julgamento do mensalão

    A escalada de queixas de Maia contra o Supremo teve início quando a corte determinou a condenação de integrantes do PT e partidos aliados no julgamento do mensalão. A lista inclui quatro parlamentares com mandato: Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP), além de José Genoino (PT-SP), que herdou uma cadeira na Casa mesmo após ser condenado. O STF entendeu que, concluído o trânsito da ação penal – resta prazo para alguns recursos, que dificilmente vão reverter punições -, os parlamentares devem perder os mandatos para cumprir suas penas.

    Publicidade

    No auge da discussão, Marco Maia não só desafiou a corte, como ameaçou reataliação: acelerar a votação de projetos de lei no Congresso que tentam limitar os poderes do Judiciário. O deputado petista Nazareno Fonteles, do Piauí, por exemplo, defende, por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que o Congresso possa sustar “atos normativos dos outros poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”.

    Continua após a publicidade

    Hoje, ao deixar o posto, Marco Maia aproveitou para provocar o presidente do Supremo e relator do mensalão, Joaquim Barbosa, que visitou o Congresso na abertura dos trabalhos após o recesso. O petista fez questão de ignorar Barbosa e agradeceu aos seus antecessores no cargo Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso, classificados por ele como “ex-presidentes do Superior (sic) Tribunal Federal”.

    Publicidade

    Enquanto o Congresso protagoniza eleições de presidentes envolvidos em denúncias, Marco Maia ainda teve tempo de se despedir ao seu melhor estilo, elogiando a imagem do Câmara. “Podemos afirmar que, nos últimos anos, tenho percebido nos colegas parlamentares não apenas um aumento do grau de satisfação com nosso trabalho coletivo, mas inclusive a manifestação clara do orgulho de ser deputado.”

    Sem polêmica – Sem entrar no mérito do discurso de despedida de Marco Maia, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou apenas que “qualquer assunto que tenha natureza constitucional, uma vez judicializado, a palavra final é do STF”.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.