Na Cúpula do Clima, Dilma pede acordo ‘ambicioso’
Em Nova York para encontro das Nações Unidas, presidente disse que o governo reduziu o desmatamento e as emissões de dióxido de carbono
Numa breve (e rara) pausa na agenda de campanha, a presidente Dilma Rousseff (PT) discursou na Cúpula do Clima, em Nova York, nesta terça-feira, e apresentou um balanço das ações do seu governo para reduzir o aquecimento global. Ela mencionou a redução no desmatamento e o corte na emissão de gases causadores do efeito estufa na última década. “O Brasil não anuncia promessas, mostra resultados”, disse. Segundo a presidente, a emissão anual de dióxido de carbono no Brasil foi reduzida em 650 milhões de toneladas desde 2010.
A petista defendeu a adoção de um acordo “universal, ambicioso e legalmente vinculante” para assegurar o crescimento sustentável e o combate ao efeito estufa. “Os custos para enfrentar as mudanças do clima são elevados, mas os benefícios mais que compensam”, disse ela, em pronunciamento que durou oito minutos.
Dilma também criticou os países desenvolvidos que, segundo ela, “historicamente, alcançaram o nível de bem estar de suas sociedades graças a um modelo de desenvolvimento baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao clima, ceifando florestas e utilizando práticas nocivas ao meio ambiente”.
“Nós não queremos repetir esse modelo, mas não renunciaremos ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida de nossa gente”, afirmou.
A Cúpula do Clima é organizada pelas Nações Unidas. Nesta quarta, antes de voltar ao Brasil, Dilma vai discursar na Assembleia-Geral da ONU. A presença da presidente na Cúpula do Clima foi confirmada em cima da hora: ela não pretendia comparecer ao evento para não descuidar da campanha à reeleição.
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