Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

MPF pede prisão de bombeiro ‘faz tudo’ de Cabral

Bombeiro Pedro Ramos de Azevedo não foi encontrado pelos procuradores da Operação Calicute no endereço informado no processo

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 dez 2016, 19h26 - Publicado em 19 dez 2016, 19h23

Ex-assessor do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e apontado pelas investigações da Operação Calicute como “faz tudo” do peemedebista, o bombeiro Pedro Ramos de Miranda teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público Federal à Justiça nesta segunda-feira. Assim como o ex-chefe, Miranda é réu na Justiça Federal do Rio por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e pertinência a organização criminosa.

Quando a Calicute foi deflagrada, em novembro, e mesmo após o oferecimento da denúncia, o MPF havia decidido não pedir a prisão do bombeiro “diante da participação relevante, porém subalterna na administração da organização criminosa”. Ramos de Miranda foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal e depôs aos investigadores.

Os procuradores mudaram de ideia porque, após quase um mês da deflagração da Operação, o ex-assessor de Cabral “não foi encontrado para ser citado no endereço por ele indicado em seu interrogatório na Polícia Federal, além de informações prestadas no local por vizinhos, que o réu não reside lá a mais de um ano”. Para os investigadores, há indícios de “fuga ou cometimento de outros crimes, interferindo diretamente na instrução criminal”.

‘Faz tudo’ de Cabral

Segundo o Ministério Público Federal, “há provas suficientes nos autos que mostram que o denunciado Pedro Ramos de Miranda, bombeiro militar, era o ‘faz tudo’ do comandante da Organização Criminosa”, ou seja, Sérgio Cabral.

Continua após a publicidade

Troca de mensagens obtidas pela Operação Calicute, datadas do dia 2 de julho de 2014, mostra um e-mail enviado por Pedro Ramos de Miranda a Carlos Bezerra, um dos operadores financeiros de Sérgio Cabral, com uma lista de pagamentos de cerca de 20.000 reais que deveriam ser feitos.

A relação registra 10.000 reais para um dos filhos do ex-governador, João Pedro Cabral, compras de mercado, limpeza e até triturador de papel para o escritório. A propina bancou também sessões de massoterapia no Hotel Fasano, em valores que somados totalizavam nesta lista 760 reais.

Na denúncia oferecida pelos procuradores e aceita pelo juiz federal Marcelo Bretas, o MPF diz que o bombeiro-faz tudo também colaborou para a lavagem de 6,5 milhões de reais “na aquisição de joias de altíssimo valor de mercado”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.