Moro prorroga prisão temporária de preso na Triplo X
Ademir Auada foi capturado um dia após a deflagração da 22ª fase da Operação Lava Jato. Grampos mostram que ele tentou destruir provas
Depois de prorrogar a prisão temporária da publicitária Nelci Warken e libertar Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Brito, todos presos na 22ª fase da Operação Lava Jato, a Triplo X, e ligados à empresa Mossack Fonseca, o juiz Sergio Moro atendeu ao pedido do Ministério Público Federal e estendeu a prisão temporária de Ademir Auada, responsável pela offshore Murray. Quando a operação foi deflagrada, em 27 de janeiro, havia um mandado de prisão contra Auada, mas ele estava no Panamá e só foi preso no dia seguinte, no aeroporto de Guarulhos, quando chegava ao Brasil.
Conforme escreve Moro na decisão publicada hoje, dia em que vence o prazo da prisão temporária, a Polícia Federal relatou que documentos apreendidos na casa de Auada reforçam os indícios de participação dele na “fábrica de offshores” da Mossack Fonseca. Ele seria “responsável pela constituição e estruturação empresarial offshore e também pela abertura de contas bancárias internacionais em nome dessas empresas”.
Os policiais, no entanto, ainda não concluíram a análise de todo o material apreendido na casa de Auada, sobretudo os equipamentos de informática, e pediram a prorrogação da prisão.
LEIA TAMBÉM:
Justiça libera dois presos da Operação Lava Jato
Além disso, o flagrante de Auada em grampos da Operação Lava Jato destruindo documentos reforçaram a decisão de Moro, segundo a qual a manutenção da prisão é necessária “para melhor exame do material apreendido e que poderá revelar a necessidade de novas diligências, oitivas ou novas buscas e apreensões, protegendo no período novas destruições de documentos”.
O juiz federal estipulou a próxima sexta-feira, dia 5 de fevereiro, como próximo prazo de vencimento das prisões temporárias de Nelci Warken e Ademir Auada.
(Da redação)