Ministro dos Transportes diz não se preocupar com a Lava Jato
Antônio Carlos Rodrigues (PR) desconversou ao ser questionado sobre eventuais contratos fraudados de empreiteiras com a pasta
Após ser empossado nesta segunda-feira, o novo ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR), disse estar despreocupado com os desdobramentos da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que prendeu executivos das maiores empreiteiras do país – muitas delas também responsáveis por obras de infraestrutura relacionadas à pasta. “Eu não estou preocupado com nada. A minha preocupação é trabalhar como eu sempre trabalhei em todas as empresas que passei, em todas as secretarias e em todas as estatais. O meu lema é trabalho”, disse o substituto de Paulo Sérgio Passos, também filiado ao PR.
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O Ministério dos Transportes foi palco de escândalo em 2011 quando era comandado pelo colega de partido de Rodrigues, Alfredo Nascimento, tirado do posto após a divulgação do esquema de cobrança de propina a empreiteiras e empresas de consultoria que elaboravam os projetos de obras em rodovias e ferrovias. O episódio também afastou o então diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, e o presidente da Valec Engenharia, José Francisco das Neves.
Durante cerimônia de posse, Rodrigues também afirmou que, durante o período no Congresso, acompanhou de perto questões relacionadas à pasta e disse esperar ajudar o país a alcançar um “novo patamar logístico”. O ministro prometeu indicar nomes técnicos para assumir a gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Valec, empresa responsável pela construção de ferrovias. Embora o novo ministro tenha prometido um nome técnico para o Dnit, o PR trabalha para emplacar no posto o deputado Luciano de Castro (RR), derrotado nas eleições deste ano na disputa ao Senado.