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Ministério Público vai abrir nova apuração sobre a Bancoop

Movimentação bancária com indício de crime de lavagem de dinheiro detectada pelo Bradesco é um dos motivos, diz promotor de São Paulo

Por Felipe Frazão 4 jul 2015, 08h38
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  • O Ministério Público de São Paulo decidiu abrir uma nova frente de investigação do caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), segundo o promotor de Justiça José Carlos Blat, responsável pelo processo. Um dos elementos é a decisão do Bradesco de encerrar as contas da cooperativa, por ter detectado movimentação bancária com indício de crime de lavagem ou ocultação de dinheiro, conforme noticiado pelo site de VEJA.

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    “Isso já é o suficiente para determinar uma nova fase de investigação, que pode abranger alguns ex-dirigentes e atuais dirigentes da Bancoop e pessoas ligadas a empreiteiras”, disse o promotor.

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    O novo inquérito vai ampliar o foco e o período das investigações realizadas pelos promotores. Em 2010, o Ministério Público denunciou à Justiça seis dirigentes da cooperativa, inclusive o ex-presidente João Vaccari Neto – também ex-tesoureiro do PT e um dos presos na Operação Lava Jato. Eles respondem por estelionato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Vaccari deixou a cooperativa naquele ano e assumiu a secretaria nacional de Finanças do PT.

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    A primeira denúncia do Ministério Público se restringiu a irregularidades na administração da cooperativa até 2009. Conforme o promotor, a Bancoop deixou de entregar apartamentos para centenas de mutuários e depois repassou obras para construtoras como a OAS. O Ministério Público sustenta que houve desvio de dinheiro do caixa da cooperativa, inclusive, para campanhas do Partido dos Trabalhadores.

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    O procedimento de investigação criminal deve ser aberto em agosto, após o recesso do Judiciário. O Ministério Público também vai usar dados recebidos da Operação Lava Jato. A força-tarefa da operação suspeita de lavagem de cerca de 200.000 reais na compra de um apartamento da Bancoop pela cunhada de Vaccari, Marice Corrêa de Lima. Ela e Vaccari negam irregularidades. Marice desistiu de ficar com o imóvel e recebeu uma indenização 100% maior da OAS, construtora que finalizou o Edifício Solaris, na Praia das Astúrias, em Guarujá (SP). O ex-presidente Lula possui um tríplex no prédio de praia. Outros petistas como Vaccari e a mulher de Freud Godoy, ex-segurança de Lula, também aparecem na lista de cooperados do Solaris.

    “Essa informação do Bradesco e outras que recebemos justificam a continuidade das investigações. Estamos buscando subsídios de 2010 até a presente data”, disse Blat. “Aí entram as negociações espúrias e suspeitas da Bancoop com a OAS, outros golpes perpetrados contra cooperados e essas movimentações consideradas suspeitas pelo Bradesco.”

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