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Ministério Público obtém liminar contra obra da Salvatta

Funcionários estão impedidos de trabalhar e construção foi embargada; empresa é a mesma investigada pelo desabamento que matou dez pessoas

Por Da Redação
11 set 2013, 15h49
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  • O Ministério Público do Trabalho (MPT) obteve liminar na Justiça para impedir que funcionários da Salvatta Engenharia continuem trabalhando em uma obra na Rua Barão do Rio Branco, em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. A empresa é a mesma que trabalhava no prédio embargado que desabou em 27 de agosto, matando dez operários em São Mateus, na Zona Leste da capital.

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    Após o acidente, o órgão iniciou uma investigação sobre a empresa e descobriu problemas na construção em Santo Amaro. “Foram constatadas diversas irregularidades na obra, em razão do não atendimento das normas regulamentares em saúde e segurança”, afirma nota do órgão. Segundo o MPT, não havia prevenção contra incêndio, quedas e choques elétricos. Diante dos problemas, os auditores que acompanhavam a inspeção embargaram a obra na sexta-feira.

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    Funcionários da construção confirmaram a existência de riscos e acusaram a empresa de não honrar compromissos trabalhistas. “Quero voltar para casa porque tenho medo que aconteça comigo o que aconteceu com os outros colegas”, disse um rapaz de 28 anos, que pediu para não ter a identidade revelada.

    O operário Josilan Silva, de 35 anos, contou que ficou traumatizado após a morte de amigos em São Mateus. “Nós queremos ir embora, e eles não querem dar baixa na carteira”, afirmou. “Eles querem que a gente faça acordo para perder a multa de 40% da rescisão”, disse.

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    Além de embargar a obra, o MPT interditou o alojamento onde quarenta dos 66 funcionários da empresa viviam. Segundo os promotores, as condições do alojamento eram degradantes. Ainda de acordo com a decisão judicial, a empresa fica obrigada a cobrir as despesas de estadia e alimentação dos trabalhadores.

    Outro lado – A Salvatta Engenharia informou, por meio de nota, que foram alegadas “questões pontuais de segurança dos trabalhadores e necessidade de alguma melhoria nos alojamentos”. A empresa afirmou que sempre respeitou a legislação trabalhista e que está tomando as medidas exigidas pelo MPT.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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