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Ministério dos Direitos Humanos chega a Roraima para apurar crise ianomâmi

Comitiva do governo quer fazer diagnóstico das violações de direitos humanos contra os indígenas

Por Da Redação Atualizado em 29 jan 2023, 20h42 - Publicado em 29 jan 2023, 20h27
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  • Uma comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania chegou a Boa Vista, em Roraima, neste domingo, 29, para apurar a crise que atinge a Terra Indígena Yanomami.

    Segundo a secretária-executiva do ministério, Rita Oliveira, o objetivo é fazer um diagnóstico das violações de direitos humanos contra os ianomâmis, checar as condições dos equipamentos públicos locais, verificar o funcionamento do sistema nacional de garantias da criança e do adolescente, além de mapear as pessoas que precisam ser incluídas no sistema de proteção do ministério com urgência. 

    Além da secretária-executiva, fazem parte da comitiva o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, a secretária nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão, e o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato.

    Os membros do governo devem ficar em Roraima até o dia 2 de fevereiro e vão se reunir com lideranças ianomâmis, representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), promotores de Justiça e defensores públicos. 

    O ministério também informou que articula uma parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) e a Frente Nacional Antirracista (FNA) para viabilizar ações emergenciais. 

    Como VEJA mostrou, os ianomâmis vivem uma crise de saúde pública e subnutrição potencializadas pela expansão da atividade garimpeira, que aumentou sob o governo de Jair Bolsonaro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um comitê para acompanhar o tema. O Ministério da Saúde também enviou médicos e enfermeiros do SUS para reforçar o atendimento aos indígenas. A mando do ministro da Justiça, Flávio Dino, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar possível crime de genocídio. Os alvos iniciais serão servidores que atuavam diretamente com ianomâmis, mas o caso pode chegar a ex-ministros e até ao ex-­presidente.

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