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CPI: Depoente evoca direito ao silêncio para não responder sobre Pazuello

O coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente da ONG Instituto Força Brasil, é apontado como elo entre a Davati e a pasta da Saúde

Por Da Redação
Atualizado em 10 ago 2021, 16h51 - Publicado em 10 ago 2021, 06h55

A CPI da Pandemia ouviu nesta terça-feira, 10, o tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, presidente da ONG Instituto Força Brasil. O militar é apontado como elo entre representantes da empresa Davati Medical Supply, que negociava a venda de vacinas, e o Ministério da Saúde.

Discurso de abertura

Ao abrir a sessão, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), criticou o desfile militar realizado pela Marinha em Brasília nesta manhã. O parlamentar afirmou que o Brasil passa por “um momento grave” e que a exibição é “uma clara tentativa de intimidar opositores” feita por Jair Bolsonaro. Entre diversas críticas ao presidente, Aziz afirmou que ele “degradou as instituições e rebaixou as Forças Armadas” e classificou a cena como “patética”, “que mostra apenas uma ameaça de um fraco que sabe que perdeu”.

O depoimento

Na maior parte de seu depoimento, Helcio Bruno usou o seu direito ao silêncio para não responder a perguntas dos senadores. A postura irritou os integrantes da CPI, que afirmaram que o benefício é limitado apenas às questões que podem incriminar o depoente.

Quando respondeu, o militar da reserva afirmou que sua ONG foi procurada pelo reverendo Amilton de Paula para uma agenda no Ministério da Saúde para informações sobre a participação do setor privado na vacinação. Helcio afirmou que a reunião aconteceu no dia 12 de março e que, depois disso, não voltou mais a ver os representantes da Davati.

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O tenente-coronel afirmou também que não esteve no jantar com Dominguetti onde teria acontecido o pedido de propina por parte de Roberto Dias e frisou que sua participação no episódio da Davati se encerrou na reunião do dia 12.

Sobre suas relações na pasta da Saúde, Helcio Bruno declarou que não conhece nem nunca esteve com Roberto Dias ou Marcelo Blanco. O militar, porém, evocou o direito ao silêncio para não responder sobre qual a sua relação com o ex-ministro Eduardo Pazuello.

Sobre Jair Bolsonaro, informou que ambos foram contemporâneos na academia militar, mas que não têm relação próxima. O depoente afirmou que esteve algumas vezes com o presidente, a última delas em maio de 2019, quando um grupo de militares foi recebido no Planalto.

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Convocação

O requerimento para a sua convocação foi feito pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No documento, ele lembra que, em depoimentos à comissão, representantes da empresa Davati no Brasil disseram que o militar intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. Na ocasião, discutiu-se a compra de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.

O nome de Helcio Bruno, segundo o senador, foi citado pelo cabo Dominguetti, que denunciou pedido de propina por parte de membros do governo federal durante a negociação, e pelo representante da empresa Davati, Cristiano Carvalho. O encontro no Ministério da Saúde teria acontecido no dia 12 de março de 2021, com a participação do reverendo Amilton Gomes de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que já falou à comissão no Senado.

A ONG Instituto Força Brasil, representada pelo depoente, também já estava sob análise na CPMI das Fake News e no inquérito sobre fake news, segundo Randolfe. Em declarações recentes, o senador classificou o Instituto como “negacionista e bolsonarista” e disse que o Força Brasil divulgava notícias falsas contra integrantes da CPI.

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(com Agência Senado)

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