Com a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) entrou em licença automática, mas por enquanto vai manter o salário de pouco mais de 33.000 reais mensais. A licença está prevista no Regimento Interno do Senado e garante que o parlamentar não perca o mandato por excesso de faltas às sessões de votação. Depois do período de 120 dias, a Secretaria Geral da Mesa informou que o Senado deve convocar o suplente Pedro Chaves (PSC).
Partidos de oposição se articulam para apresentar na terça-feira da semana que vem representação com pedido de cassação do petista no Conselho de Ética, caso a Mesa Diretora do Senado não encaminhe solicitação semelhante até segunda. Nos bastidores, senadores admitem que a proximidade do recesso parlamentar deve levar o adiamento da decisão sobre o pedido de cassação do congressista no Conselho de Ética só para depois do Carnaval.
A Polícia Federal prendeu nesta quarta o senador, após autorização do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas de que ele estivesse obstruindo as investigações sobre o escândalo do petrolão. Também foram presos o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista. O advogado Edson Ribeiro, alvo de mandado de prisão, teve o nome inscrito no alerta vermelho da Interpol. (Laryssa Borges, de Brasília)