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Mensalão: o ministro que construiu a carreira defendendo o PT

Ministro do STF tem carreira vinculada ao PT e advogou para José Dirceu. Mas dá sinais de que não vai se declarar impedido no julgamento do mensalão

Por Gabriel Castro
28 jul 2012, 09h13
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  • O Supremo Tribunal Federal (STF) é composto por 11 integrantes, mas é possível que um deles não esteja presente durante o julgamento do mensalão, que terá início na quinta-feira: José Antonio Dias Toffoli. Com um longo histórico de ligação com o PT, ele tem sido pressionado a se declarar impedido no julgamento.

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    Até agora, Toffoli tem repetido a interlocutores o que afirmou durante sua sabatina no Senado, em 2009: “Aplicarei as hipóteses legais diante de casos concretos que dizem respeito a impedimento e suspeição. Eles serão por mim levados em consideração. O fato de ter atuado em ações eleitorais para o presidente da República é algo do passado, já não faz mais parte da minha vida”, argumentou.

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    VEJA desta semana, entretanto, traz mais uma mostra de como a situação do magistrado é delicada: Toffoli advogou, em 2000, para o próprio José Dirceu, apontado pelo Ministério Público Federal como “chefe de organização criminosa” no caso do mensalão.

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    entenda o escândalo do mensalão

    A trajetória do ministro foi construída à sombra do PT e de seus braços institucionais. Ele iniciou a carreira em 1991, como consultor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT), historicamente atrelada ao PT. Depois, foi assessor do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo.

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    Por seis anos, Toffoli advogou para a liderança do PT na Câmara Federal. Na gestão da petista Marta Suplicy à frente da prefeitura de São Paulo, foi chefe de gabinete da Secretaria de Implementação das Subprefeituras.

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    Ele trabalhou para o PT e para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em três eleições consecutivas. Em 2002, o partido pagou o publicitário Duda Mendonça com recursos de caixa dois em uma conta no exterior. O episódio veio à tona justamente durante o escândalo do mensalão e transformou o marqueteiro em um dos réus do processo que Toffoli poderá julgar.

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    Sob a guarida de José Dirceu, o ministro também ocupou a subchefia para assuntos jurídicos da Casa Civil no primeiro governo Lula. Em julho de 2005, no mês seguinte ao estouro do mensalão, deixou o governo para dedicar-se à advocacia privada. Voltou em 2007 como advogado-geral da União, a última escala antes de chegar ao STF.

    Além de toda a trajetória, a mulher dele, Roberta Maria Rangel, advogou para três réus no processo: José Dirceu, Paulo Rocha e Professor Luizinho.

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