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Marta diz que convite para ministério foi uma surpresa

Indicação da senadora para substituir Ana de Hollanda acontece para acomodar a petista, que foi preterida por Lula quando queria disputar a prefeitura de SP. Ela deixa vaga a cadeira de vice-presidente do Senado

Por Gabriel Castro e Tai Nalon
11 set 2012, 16h50
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  • A senadora Marta Suplicy (PT-SP), nova ministra da Cultura, afirmou nesta segunda-feira que a sua nomeação para o lugar de Ana de Hollanda foi uma surpresa. Atual vice-presidente do Senado, a petista disse que não esperava a indicação. “Estou feliz com o convite. Isso não estava no programa, mas eu não vou dizer não para a presidente”, disse a senadora, sem muito entusiasmo. A cerimônia de posse será na quinta-feira às 11 horas. Leia também: Suplente espera conversa com Marta para assumir Marta recebeu o convite oficial por volta das 15h40 desta terça-feira, por meio de um telefonema da própria Dilma Rousseff. A nova ministra não soube dizer quais serão suas prioridades: “Eu não vou me pronunciar sobre nada sem ter conhecimento”, disse a petista. Ainda assim, Marta tentou demonstrar interesse pela nova função: “É um desafio muito interessante. A cultura é a identidade do Brasil.” A nomeação da petista para o cargo decorre de uma negociação conduzida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ela aceitasse ingressar na campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo. “Nunca foi falado isso”, disse ela, negando a barganha política. A avaliação de Lula é que, sem o eleitorado dela na periferia, Haddad não tem chances de chegar ao segundo turno. Já para Marta, o cálculo é outro: ao lado de Dilma, ela volta ao páreo para disputar a vaga de candidata do PT ao governo de São Paulo em 2014 com os colegas de ministério Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde). Com a saída de Marta, abre-se uma lacuna na vice-presidência do Senado. O cargo é importante porque José Sarney (PMDB-AP), presidente da Casa, não costuma participar de todas as sessões. O novo ocupante do cargo na Mesa Diretora que era de Marta deve vir do PT. Ele permanecerá no posto até fevereiro, quando a Mesa Diretora será substituída. Sem experiência – Marta Suplicy, de 67 anos, foi eleita senadora em 2010 e ocupava a cadeira de vice-presidente da Casa até ser chamada para assumir o ministério da Cultura, nesta terça-feira. Não consta no currículo da petista qualquer experiência profissional na área cultural. A acomodação de Marta atende a uma reivindicação da senadora, que foi preterida dentro do PT no momento em que Luiz Inácio Lula da Silva impôs o nome de Fernando Haddad para disputar a prefeitura de São Paulo. Marta resistiu o máximo que pôde a apoiar Haddad, até que cedeu na semana passada. Agora, virou ministra. Formada em Psicologia, Marta foi prefeita de São Paulo de 2001 a 2004 e deputada federal. Por duas vezes, ela foi derrotada quando disputava a prefeitura de São Paulo. Perdeu para José Serra, em 2004, e para Gilberto Kassab, em 2008. Entre 2007 e 2008, a petista foi ministra do Turismo no governo Lula. O nome de Marta já tinha sido ventilado, no início do ano, para ocupar a vaga deixada por Fernando Haddad no Ministério da Educação. Dilma, no entanto, escolheu Aloizio Mercadante para a função. Desde o início do ano, Marta vinha dando demonstrações de descontentamento. Ausentou-se do lançamento oficial da candidatura de Haddad, em junho, e disparou contra Lula e seu apadrinhado após aliança com o ex-prefeito e rival Paulo Maluf. “Vou me dedicar aos oito anos de mandato no Senado e à reeleição da presidente Dilma”, afirmou Marta em junho, ao ser questionada sobre o seu papel na campanha de Haddad. Após forte atuação de Lula e de Dilma, Marta entrou na campanha de Haddad na última semana. Gravou inserções para a propaganda de TV de Haddad e participou de dois eventos de campanha com Haddad nas ruas de São Paulo no último feriado. Biografia – Na década de 1980, Marta apresentou um quadro sobre comportamento sexual no programa TV Mulher, que foi apresentado na Rede Globo e, depois, na TV Manchete. A senadora tem nove livros publicados e foi colunista de jornais e de revistas femininas. Marta foi casada durante 36 anos com o senador Eduardo Suplicy e tem três filhos, os músicos Supla e João e o advogado André. Ela é formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com mestrado em Psicologia Clínica pela Michigan State University e pós-graduação na Stanford University. Marta é filiada ao PT desde 1981.

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