Major Olímpio ataca filhos do presidente Bolsonaro: ‘PSL não é dinastia’
Líder do partido no Senado critica a condução dos diretórios estaduais da legenda no Rio e em São Paulo por Flávio e Eduardo Bolsonaro, respectivamente
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, atacou nesta quarta-feira, 9, o senador Flávio Bolsonaro, que comanda o diretório da legenda no Rio de Janeiro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, presidente da seção paulista, e disse que a sigla não deve ficar subordinada aos interesses pessoais de ambos só porque eles são filhos do presidente Jair Bolsonaro. “Partido político não é dinastia”, afirmou.
Sobre Eduardo, ele disse que o filho Zero Três do presidente está “destruindo” a legenda em São Paulo – ele assumiu a presidência em junho e recebeu o cargo exatamente de Olímpio. “Não quero saber se ele é o filho do presidente, para mim ele é um filiado e o meu descontentamento e o de muita gente é manifesto” disse o senador durante entrevista à Rádio Eldorado.
O senador explicou que decidiu passar a presidência do PSL em São Paulo para Eduardo por ele ser seu vice à época. “Mas isso é uma questão interna do partido no estado, por acaso com o Eduardo, que por acaso é o filho do presidente”, afirmou. Na terça-feira, 8, dirigentes regionais da sigla foram à Justiça contra o Zero Três para reverter atos baixados pelo deputado, que nas últimas semanas demitiu presidentes de pelo menos 73 dos 280 diretórios estaduais do partido.
Sobre Flávio Bolsonaro, o Zero Um, ele lembrou a falta de comando na condução do braço fluminense da sigla. “No Rio de Janeiro, o Flávio quis que o partido deixasse o governo por uma manifestação de posicionamentos do governador Witzel. O partido disse não”, afirmou, reforçando a ideia de que os desentendimentos regionais não devem atrapalhar a relação entre o presidente da República e o partido: “O presidente é muito maior que questões regionais ou posturas de seus filhos”, avaliou.
Na segunda-feira 7, Olímpio já havia declarado que “Flávio Bolsonaro para mim acabou, não existe”, após eles terem demonstrado posicionamentos contrários em relação à CPI da Lava Toga. “Estou 100% com o presidente, mas não concordo em absolutamente nada com posturas nem do Eduardo e tampouco do Flávio”, reafirmou na manhã desta quarta.
(Com Estadão Conteúdo)