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Maitê Proença: “Este governo é um manicômio”

A atriz, protagonista de um embate recente com Regina Duarte na TV, conta como vem “mantendo a sanidade” durante a quarentena

Por Jana Sampaio Atualizado em 22 Maio 2020, 12h04 - Publicado em 22 Maio 2020, 06h00

A senhora se decepcionou com a secretária de Cultura, que em uma entrevista na TV se recusou a assistir a seu vídeo em defesa do diálogo entre ela e os artistas? A Regina não está bem. Nada naquela entrevista pode ser analisado pelo viés da lógica.

Ela disse que a senhora tem o telefone dela e, se quisesse realmente falar, poderia ter ligado. Vocês conversaram depois do episódio? Eu estava cobrando assuntos da nossa classe, endereçados à líder do setor, que foi empossada há mais de dois meses e até agora não apresentou um plano. Não era uma conversa entre amigas. Ela se confundiu. Não conversamos depois.

O que aprendeu na quarentena? Que é mais difícil viver sem contato com outras pessoas do que imaginei. Sou introspectiva e caseira. Mas descobri que a leitura e as artes não substituem os benefícios das relações descompromissadas do dia a dia. Para manter a sanidade, preciso de técnicas de respiração, ioga, ginástica, meditação, reza. Mesmo assim, despenco com frequência assustadora.

Por que resolveu compartilhar seu confinamento em tempo real? Assim me sinto próxima de outros que podem estar sofrendo dos mesmos males que eu.

A senhora postou que já tomou cloroquina. Em que momento usou o remédio? Tenho problemas graves de articulação, com dores permanentes. Sou naturalista e só uso remédios em último recurso. Foi nesse contexto que aceitei a cloroquina, a contragosto. Não funcionou. Por que o presidente insiste em ludibriar a nação é mais uma dessas irresponsabilidades perversas que nenhuma pessoa de bem consegue explicar.

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Há chance ainda de a classe artística ser bem representada neste governo? Existe verba pública, que não é dinheiro de imposto, disponível e parada por confusão burocrática. São recursos que poderiam ajudar os milhões de trabalhadores da cultura sem perspectiva, mas não vejo nenhum interesse dos órgãos federais em atender o nosso setor. Este governo é um manicômio.

Os artistas estão sendo chamados para fazer publicidade nas redes. Nesse sentido, a quarentena é lucrativa? Já fui chamada, sim, mas não aceitei por enquanto. Não é hora de estimular o gasto. Tenho uma reserva financeira que vai minguando aos poucos. Mas isso vou resolver depois.

Publicado em VEJA de 27 de maio de 2020, edição nº 2688

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