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Lula faz promessa para 2013 em inauguração de unidade de saúde na Baixada Fluminense

Presidente elogia governador candidato à reeleição e ataca o adversário Cesar Maia

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
30 ago 2010, 19h50

“Ressonância magnética é uma coisa chique. O secretário (Sérgio Côrtes) e o ministro da Saúde podem, mas não é qualquer pobre que pode fazer. Eu e eles podemos fazer ele porque temos plano de saúde. Quem tem plano bom pode. Mas tem que ser do bom. Porque tem uns planos aí que até consulta cobram”, disse Lula

Na inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o presidente Luiz Inácio da Silva sentiu-se à vontade para repetir promessas da candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, e garantir, ele próprio, realizações até 2013. Como já havia anunciado a petista em seu programa de governo, o presidente anunciou a conclusão de 500 UPAs até 31 de dezembro deste ano. “Estamos contratando 500 UPAs para ver se ficam prontas até 31 de dezembro. Se não der tempo, vai continuar depois”, anunciou, prevendo, para 2013, 1 000 unidades em todo o Brasil. “Quando vocês forem inaugurar outras UPAs, me chamem que eu venho mesmo sem ser presidente”, disse.

As unidades de pronto atendimento são, além de promessa de Dilma, bandeira de campanha do candidato à reeleição no governo do Rio, Sérgio Cabral. No estado do Rio, com a de Nova Iguaçu, existem hoje 38 dessas unidades, concebidas a partir de uma demanda crítica da saúde pública: a falência dos serviços de emergência e dos postos de saúde. O objetivo da UPA seria, então, o de desafogar os hospitais gerais e resolver, sem necessidade de internação ou de sobrecarga nas emergências, casos sem grande complexidade.

A visibilidade das UPAs deriva da maneira rápida como podem ser implantadas em espaços urbanos onde haja grande demanda de unidades de saúde. Elas são estruturas modulares, construídas com contêineres e pré-moldados. O problema é que a estrutura também é cara – o que talvez explique o motivo de, desde 2007, só 80 terem sido concluídas em todo o Brasil.. Construir mais de 400 UPAs em menos de cinco meses consumiria dos cofres públicos 1,3 bilhão de reais. Parece ser, portanto, a típica promessa de campanha jogada ao léu.

Na Baixada Fluminense, região do Rio colada à capital, mas com carências multiplicadas, prometer saúde é garantia de público. Para ouvir o presidente e sua comitiva – formada pelos ministros Márcio Fortes, das Cidades, Luiz Paulo Barreto, da Justiça, Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, e Elói Ferreira de Araújo, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, e José Gomes Temporão, da Saúde – formou-se, em Nova Iguaçu, uma pequena multidão.

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Lula aproveitou, então, para lulificar para o povo conceitos como o de ressonância magnética. A inauguração da UPA foi também o lançamento da primeira unidade móvel desse tipo de exame, instalada em um caminhão. “Ressonância magnética é uma coisa chique. O secretário (Sérgio Côrtes) e o ministro da Saúde podem, mas não é qualquer pobre que pode fazer. Eu e eles podemos fazer ele porque temos plano de saúde. Quem tem plano bom pode. Mas tem que ser do bom. Porque tem uns planos aí que até consulta cobram”, afirmou, para em seguida ser ovacionado pela platéia que misturava moradores e cabos eleitorais de vários candidatos da base aliada do governo. Segundo Lula, o equipamento “tira fotografia da gente por dentro”.

Campanha – Depois de evitar o nome do governador e candidato à reeleição pelo PMDB, em seu compromisso da manhã no Morro Dona Marta, na capital, Lula, na Baixada, não teve o mesmo cuidado. Agradeceu ao “companheiro Sérgio Cabral” pelo projeto das UPAs e elogiou o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes. No fim da tarde, em seu terceiro compromisso no estado do Rio, para a comemoração pelos 100 anos do Porto do Rio, voltou a citar o governador: “Falta uma pessoa importante nesse palco. Tem o Eduardo Paes (prefeito), mas falta o governador Sérgio Cabral”.

O compromisso no Porto foi também oportunidade para defender os candidatos ao Senado apoiados pelo governo. Depois de enumerar investimentos do PAC 1 e do PAC 2 para os portos do país, Lula atacou o ex-prefeito Cesar Maia, candidato ao Senado pelo DEM. “Vou terminar o mandato com a consciência de que com você, em dois anos, fizemos mais do que seis anos com o outro prefeito desta cidade, que não aceitava trabalhar com o governo federal”, atacou. No Rio, Lula tem pedido votos no Horário Eleitoral para o petista Lindberg Farias, ex-prefeito de Nova Iguaçu, onde houve a inauguração da UPA, e para Marcelo Crivella, do PRB.

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