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Lula depõe e nega que tenha incitado MTST a invadir tríplex

Segundo advogado, ex-presidente disse que frase 'já que é meu, ocupem', dita em manifestação, foi 'força de expressão' e não um pedido real

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 26 fev 2019, 19h19 - Publicado em 26 fev 2019, 18h57

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prestou depoimento nesta terça-feira, 26, à Polícia Federal em Curitiba no âmbito de um inquérito que investiga uma invasão em um tríplex do Guarujá (SP). O apartamento é atribuído ao petista, condenado e preso na Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro por reformas feitas no imóvel pela empreiteira OAS.

O advogado Manoel Caetano Ferreira, que defende Lula, relatou à saída da PF que Lula declarou que “não incitou ninguém a invadir” o imóvel.

Em janeiro do ano passado, ao discursar em São Paulo após ter sua pena aumentada para 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Lula havia negado ser dono do tríplex. “Se eles me condenaram, me deem pelo menos o apartamento”, disse Lula, na ocasião. “Eu até já pedi para o Guilherme Boulos (líder do MTST) mandar o pessoal dele ocupar aquele apartamento. Já que é meu, ocupem.”

Em 16 de abril, nove dias depois de Lula ser preso para cumprir a pena no processo, integrantes da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam o imóvel por cerca de 3 horas.

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Na época, a advogada do MTST, Débora Camilo, informou que a invasão era uma forma de manifestação contra a prisão do ex-presidente – Lula havia sido levado para Curitiba no dia 7 de abril. Após o depoimento, o advogado Manoel Caetano Ferreira declarou que Lula “fez aquela referência (ao tríplex) em um discurso que durou mais de meia hora e esse trecho (sobre a invasão) tem seis segundos”.

A ocupação do imóvel pelos sem-teto está sendo investigada pela PF em São Paulo. Uma delegada da Superintendência Regional paulista se deslocou nesta terça para Curitiba, onde tomou o depoimento de Lula, que ocupa uma sala especial no prédio da PF na capital paranaense.

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“Estava em um momento ainda de indignação com a injusta condenação pelo Tribunal Regional Federal e foi uma força de expressão que ele utilizou ao dizer que se o apartamento fosse dele, que o Guilherme Boulos com seu pessoal, poderia ocupar. Ele esclareceu (à PF) que foi uma força de expressão”, declarou o defensor, após o depoimento de Lula.

Membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da Frente Povo Sem Medo ocupam o tríplex no edifício Solaris, atribuído ao ex-presidente Lula, no Guarujá, São Paulo – 16/04/2018 (Paulo Whitaker/Reuters)

“Ela (delegada da PF) quis saber se ele (Lula) tinha conversado com o Guilherme Boulos depois daquele dia. Ele, de fato, jamais conversou, não conversou com nenhum membro do MTST e, portanto, ele não incitou a ocupação.”

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Segundo o advogado, a invasão foi uma ação do MTST. “O ex-presidente Lula não sabe quais foram os motivos, mas foi uma ação do movimento, que não foi esta a única ocupação como todos nós sabemos”, disse. “Não sei se houve exagero ou não (nesta investigação), mas de certa forma a contribuição que ele poderia dar para este inquérito era praticamente nenhuma. Ele só esclareceu o que disse aquele dia na praça e a polícia está fazendo seu papel de investigar uma ocupação que houve.”

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