Lula deixa hospital após segunda sessão de radioterapia

Ex-presidente irá diariamente ao Sírio-Libanês para o tratamento até o Carnaval

Por Da Redação
5 jan 2012, 12h22

Tratamento: Lula conversa com o médico João Luis Fernandes, do hospital Sírio-Libanês (Ricardo Stuckert/Instituto Lula/VEJA)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou no início da tarde o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, onde foi submetido na manhã desta quinta-feira à segunda sessão de radioterapia no combate a um câncer de laringe, diagnosticado em outubro. Lula entrou no hospital pela garagem, às 10h30, e evitou a imprensa. Pela manhã, antes de chegar ao local, o ex-presidente compareceu ao velório do padre Adelino de Carli, na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo (SP). O religioso, que morreu na quarta no Rio de Janeiro, era amigo de Lula e deu apoio aos movimentos grevistas na região do ABC na década de 1980.

O ex-presidente passou por uma sessão de radioterapia de cerca de 20 minutos e recebeu a visita de um dentista e de um fonoaudiólogo, para evitar o agravamento de possíveis efeitos colaterais do tratamento, que devem se manifestar com mais força a partir da terceira ou quarta semanas. As reações mais comuns ao tratamento de radioterapia são mucosites, vermelhidões, escamações e inchaço na região do tumor. Ao todo, o ciclo de radioterapia deve ter duração de seis a sete semanas.

O tratamento do ex-presidente deve ser finalizado na véspera do Carnaval. A equipe que assessora Lula trabalha com a perspectiva de que ele participe do desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, que o homenageará no Carnaval paulistano deste ano. Lula, segundo integrantes da equipe médica, reagiu bem à primeira sessão de radioterapia, pela qual passou na manhã de quarta. A assessoria do Instituto Lula não confirma se o ex-presidente terá agenda pública nas próximas semanas nem descarta a hipótese de ele despachar na sede da entidade, na zona sul da capital paulista.

Na manhã desta quinta, o petista recebeu a visita do ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. O ministro utilizou uma entrada reservada do hospital e não teve contato com a imprensa. Lula também tirou fotos durante a manhã com pacientes do Sírio-Libanês.

(Com Agência Estado)