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Lula critica Macron e defende acordo Mercosul e UE: ‘Nós queremos crescer’

Presidente comentou declaração do mandatário francês na saída da COP28 e falou a razão pela qual quer o Brasil na Opep+

Por Redação
3 dez 2023, 16h21

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu à declaração do francês Emmanuel Macron, que se mantém contrário ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, agenda negociada, entre idas e vindas, há duas décadas — e defendida pelo brasileiro durante a 28ª Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, a COP28. “Se não tiver acordo, paciência. Não foi por falta de vontade. A única coisa que tem que ficar claro é que não digam mais que é por conta do Brasil. Assumam a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão”, afirmou Lula em coletiva de imprensa na saída do evento neste domingo, 3. 

Antes de embarcar para a Alemanha, Lula ressaltou que a França costuma ser um empecilho nessas negociações, por priorizar seus pequenos agricultores. “O que eles não sabem é que nós também temos 4 milhões e 600.000 pequenas propriedades, de até 100 hectares, que produzem quase 90% do alimento que nós comemos e que são alimentos de qualidade e que nós também queremos vender. Nós também temos indústrias, nós queremos crescer, e não vamos facilitar as compras governamentais porque queremos que a nossa indústria cresça.” 

O otimismo de Lula com o projeto destoa da realidade. Neste domingo, o chanceler argentino Santiago Cafiero, afirmou que seu país não assinará esta semana o acordo, por não encontrar as condições necessárias para isso. Ele afirmou, também, que o documento, hoje, teria um “impacto negativo na indústria do Mercosul, sem reportar benefícios para as suas exportações agrícolas, que são limitadas por cotas muito restritivas e sujeitas a regulamentações ambientais unilaterais”.

No balanço de sua participação na COP28, Lula ressaltou a importância da bioeconomia, das possibilidades que a energia limpa do Brasil pode oferecer, e da necessidade de recuperar terras degradadas, para dobrar a produção sem desmatar novas áreas. “Saio daqui satisfeito e com mais responsabilidade até 2025, temos que trabalhar muito.”

Apesar do discurso ecológico, o presidente foi questionado por jornalistas presentes sobre o papel da Petrobrás neste novo cenário e a entrada do Brasil na Opep+, grupo que agrega os treze membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) mais dez países. “Não seremos nunca parte da Opep”, disse Lula. “Mas queremos estar na Opep+, pois queremos ter o poder de opinar. Queremos diminuir o uso de combustíveis fósseis, mas é preciso oferecer outras soluções.” Sobre como a Petrobrás se encaixa nesse futuro, o presidente afirmou que a empresa precisa se adaptar e que, eventualmente, cuide da “energia como um todo”, e não só do petróleo. 

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