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Lava Jato recupera quase 1 bilhão de reais em apenas dez dias

Pagamentos feitos pela Andrade Gutierrez, Braskem e Marcelo Odebrecht seguiram os acordos firmados com o Ministério Público Federal (MPF)

Por Da Redação
Atualizado em 7 jul 2017, 16h37 - Publicado em 7 jul 2017, 12h50
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  • Acordos feitos com o Ministério Público Federal (MPF) levaram à restituição de 903,9 milhões de reais aos cofres públicos entre 26 de junho e 6 de julho. As obrigações assumidas com a Justiça foram cumpridas pela Andrade Gutierrez, pela Braskem, braço petroquímico da construtora Odebrecht em sociedade com a Petrobras, e pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome.

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    “Os depósitos são expressão do compromisso das empresas lenientes e do colaborador de ressarcir imediatamente os danos causados à sociedade que são apontados no acordo, na forma pactuada”, informou a força-tarefa da Operação Lava Jato na Procuradoria da República.

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    Os pagamentos estão no contexto de uma série de outras obrigações, como a de revelar outros ilícitos, fornecer informações e provas e não praticar novas ilegalidades. Os valores beneficiarão as vítimas dos ilícitos e a sociedade, afirma a Procuradoria.

    Além disso, por meio dos acordos de leniência, as empresas assumiram o compromisso de implementar e aperfeiçoar programas de conformidade, em linha com modernos instrumentos de combate e prevenção à corrupção.

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    Segundo o procurador da República Deltan Dallagnol, nenhuma ação judicial alcançou algo similar à Lava Jato no que diz respeito à recuperação de dinheiro público desviado.

    “Se a recuperação de quase 1 bilhão de reais pode ser comparada a uma árvore frondosa, é uma árvore frondosa que cresceu no deserto. É evidente a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos para recuperar o dinheiro público fora do ambiente da cooperação, adotando, por exemplo, propostas que estiveram entre as dez medidas contra a corrupção”, declarou Dallagnol.

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    Braskem

    Em 14 de dezembro de 2016, a força-tarefa da Lava Jato do MPF em Curitiba firmou acordo de leniência com a Braskem S.A., que foi homologado tanto pela Câmara de Combate à Corrupção do MPF como pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

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    Nos termos do acordo global, além do compromisso de revelar atos ilícitos apurados em investigação interna, praticados em desfavor da Petrobras e de outras esferas públicas, a colaboradora comprometeu-se a pagar 3.131.434.851,37 de reais.

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    Conforme o cronograma estabelecido, a colaboradora efetuou na quinta-feira o depósito da parcela inicial de 736.444.544,59  reais, sendo que as demais serão pagas nos próximos seis anos. As parcelas serão atualizadas monetariamente, tomando como referência inicial a data de assinatura do acordo de leniência e o dia anterior à data de pagamento da respectiva parcela.

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    Quanto aos valores depositados, o MPF pedirá à Justiça, nos termos do acordo feito e homologado, a seguinte destinação: (a) 97,5% do total a título de ressarcimento dos danos materiais e imateriais causados pelos fatos e condutas ilícitas aos entes públicos, órgãos públicos, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista, inclusive à Petrobras; (b) 1,5% do total, a título de perda de valores relacionados à prática dos crimes previstos na Lei de Lavagem de Dinheiro; (c) 1% do total a título de multa prevista na Lei de Improbidade, que também será destinado à(s) vítima(s), pro rata.

    Andrade Gutierrez

    A Andrade Gutierrez Investimentos em Engenharia S/A depositou 94.058.802,91 de reais em favor dos cofres públicos no dia 3 de julho. Este valor refere-se à segunda parcela do compromisso firmado com o MPF em seu acordo de leniência, homologado pelas instâncias competentes, pelo qual a empresa se comprometeu a pagar o valor total de 1 bilhão de reais em decorrência dos crimes e atos de improbidade administrativa praticados.

    Anteriormente, a Andrade Gutierrez já havia depositado a primeira parcela do acordo, no valor de 83.333.333,33  reais. Com o depósito da segunda parcela neste mês de julho, a empresa já ressarciu aos cofres públicos o montante de 177.392.136,24  reais. Esses valores encontram-se depositados em juízo e serão destinados, em sua maior parte, aos entes públicos lesados pelos esquemas de corrupção e fraude à licitação que foram identificados na Operação Lava Jato.

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    Marcelo Odebrecht

    Em 26 de junho deste ano, atendendo ao compromisso assumido na colaboração premiada que firmou com o procurador-geral da República e a força-tarefa Lava Jato em Curitiba, Marcelo Bahia Odebrecht depositou judicialmente, à vista, 73.399.314,07  reais. Trata-se do total da multa que lhe foi atribuída em decorrência do acordo, que corresponde a 70% dos rendimentos auferidos pelo colaborador do Grupo Odebrecht no período em que participou dos fatos criminosos, limitado a dez anos.

    Conforme previsto no acordo de colaboração celebrado pelo MPF com Marcelo Odebrecht, a destinação do valor da multa recolhida será definida pelo juízo de homologação – no caso, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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    (Com Estadão Conteúdo)

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