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Lava Jato: Procurador diz que Gim Argello usou CPI para cometer crimes: “Foi uma corrupção ao quadrado”

Em coletiva de imprensa, Athayde Ribeiro Costa afirmou que Argello teria recebido 5 milhões de reais de empreiteiras para impedir a convocação de investigados na CPI mista da Petrobras

Por Da Redação 12 abr 2016, 10h59

O procurador da Justiça Athayde Ribeiro Costa afirmou nesta terça-feira que o ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso na 28ª fase da operação Lava Jato, utilizou a CPI mista da Petrobras para “praticar crimes que deveriam ser investigados”. Segundo as apurações, Gim, que era vice-presidente da comissão, teria agido para impedir a convocação de executivos de empreiteiras para prestar esclarecimentos sobre o petrolão na extinta CPI. Em troca, as empresas lhe teriam pago em propina 5 milhões de reais em forma de doações legais a partidos políticos e a uma igreja católica frequentada pelo parlamentar. O procurador definiu o ato como “corrupção para cobrir outra corrupção” e um “grande atentado à ordem pública”, o que justificaria a prisão preventiva decretada contra o ex-senador.

“Isso mostra a gravidade e a audácia de Gim Argello de usar a CPI para cometer crimes. O caso de hoje revela uma corrupção qualificada, uma corrupção ao quadrado, uma metacorrupção”, disse o procurador, em coletiva de imprensa. Segundo Costa, as doações ocorreram entre julho e outubro de 2014 no curso da Operação Lava Jato.

O dinheiro teria ido para o caixa da coligação União e Força no Distrito Federal, que reunia os partidos DEM, PR, PMN e PRTB. A coligação lançou a candidatura de Jofran Frejat (PR) ao governo da capital federal, que perdeu a eleição no segundo turno para Rodrigo Rollemberg (PSB). Frejat entrou no lugar do ex´governador José Roberto Arruda, que desistiu de concorrer após ter o seu registro barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Segundo o procurador, não foi encontrado indícios de que as siglas sabiam da origem ilícita dos recursos.

Segundo as investigações, Argello também indicou a conta da paróquia de São Pedro, em Taguatinga (DF), para o depósito de 350.000 reais.

“Não é porque é a Igreja Católica ou qualquer outra denominação que nós não vamos aprofundar as investigações”, afirmou o procurador Carlos Fernando Lima. Segundo ele, não foram encontrados indícios de que os párocos sabiam do esquema.

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