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Operação Lava Jato prende operador do ‘doleiro dos doleiros’

Mario Libman, apontado como um dos operadores de Dario Messer, e seu filho, Rafael, são suspeitos de esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo imóveis

Por Da Redação Atualizado em 9 jul 2019, 10h39 - Publicado em 9 jul 2019, 10h03

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu, nesta terça-feira, 9, o operador Mário Libman, ligado ao “doleiro dos doleiros”, Dario Messer. Seu filho, Rafael Libman, ainda é procurado. Trata-se de mais uma fase da Operação “câmbio, desligo”. Na mira dos investigadores, estão a suposta lavagem de dinheiro por pai e filho, em benefício de Messer. Somente Rafael tem 18 apartamentos de luxo, segundo o Ministério Público Federal (MPF).

A “câmbio, desligo” foi deflagrada em 3 de maio de 2018 contra um grandioso esquema de movimentação de recursos ilícitos no Brasil e no exterior por meio de operações dólar-cabo, entregas de dinheiro em espécie, pagamentos de boletos e compra e venda de cheques de comércio. A delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony, resultou na operação. A ação tinha como principal alvo Dario Messer, apontado como controlador de um banco em Antígua e Barbuda. Ele era citado pelas delações de Juca e Tony.

Na etapa desta terça, 9, o Ministério Público afirma que “pretende identificar os atos de ocultação de capital operados por Dario com o auxílio de Mario Libman e seu filho Rafael Libman, genro de Messer, à época”.

Segundo o juiz federal Marcelo Bretas, na decisão que determinou a cautelar, a filha de Dario Messer, Denise, era casada com Rafael Libman. De acordo com as investigações, Mário Libman recebeu aportes no valor de mais de 31,8 milhões de reais, entre 2011 e 2016, provenientes das contas Matriz e Cagarras.

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Bretas aponta que “Libman, aparentemente, estava responsável pela reforma da casa de Dario Messer”. “Tal fato foi confirmado pelo depoimento de Elsa secretária particular de Messer.”

A decisão que impõe a prisão a Libman revela que as notas fiscais da reforma do apartamento eram emitidas em nome de Mario, por determinação de Messer. “Além de tais notas fiscais em nome de Mario, o MPF juntou outras de compras destinadas à cobertura de Messer com nome de comprador de Eduardo Loureiro, o qual vem a ser funcionário de empresa pertencente ao Mario Libman”, anota Bretas.

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A Procuradoria, segundo o juiz, “assinala que foram adquiridos imóveis no Rio de Janeiro e em São Paulo por Rafael Libman e Denise Messer, com pagamento em espécie diretamente das contas de Dario”.

Bretas destaca que “segundo apurado pelo MPF, Rafael Libman conta atualmente com dezoito apartamentos em áreas nobres do RJ e SP, além da fração ideal de dois terrenos para construção”. Ao que parece, Rafael investiu na aquisição de bens imóveis com montante repassado por Dario Messer, configurando prática comum no delito de lavagem de capital.

“Dessa forma, é provável que Mario e Rafael Libman tenham auxiliado Messer na ocultação e dissimulação de capital, seja por meio da reforma na cobertura de Dario, sob responsabilidade de Mario; seja por meio da aquisição por Rafael de imóveis no RJ e em SP”, anotou.

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(Com Estadão Conteúdo)

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