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Lava Jato mira escritório de advocacia ligado ao PT

Segundo a Polícia Federal, quatro escritórios estão envolvidos no esquema de corrupção descoberto pela 18ª fase da operação. Um deles atuou na campanha da senadora Gleisi Hoffmann

Por Da Redação
13 ago 2015, 15h22

A Polícia Federal fez buscas nesta quinta-feira no escritório de advocacia Guilherme Gonçalves & Sacha Reck, sediado no centro de Curitiba (PR), que teria recebido 4,64 milhões de reais entre setembro de 2010 e janeiro de 2013 da Consist Software; 1,2 milhão de reais entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 da SWR Informática; e 423.200 reais entre janeiro de 2012 e abril de 2012 da Consist Business, em todos os casos, a título de “honorários advocatícios”.

Segundo a PF, a banca “é ligada ao PT, presta serviços ao PT”. O escritório tem “relações próximas” com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e atuou na campanha de Gleisi.

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O novo esquema gira em torno de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento a partir do acesso de dados relativos a mais de 2 milhões de servidores públicos federais. A organização comandada pelo operador de propinas Alexandre Romano, preso nesta quinta, “auferia remuneração decorrente desses serviços”.

A PF informou que são quatro os escritórios de advocacia alvo da Pixuleco II, a 18ª fase da Lava Jato, dois deles situados em Curitiba, que estariam envolvidos no novo esquema descoberto pelas investigações – fraudes com valores de empréstimos consignados no âmbito do Planejamento, pasta da qual Paulo Bernardo foi titular entre março de 2005 e janeiro de 2011, durante o governo Lula.

A PF não atribui a Gleisi e a Paulo Bernardo envolvimento na Pixuleco II. Gleisi é alvo de investigação da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República porque, segundo delatores, teria recebido 1 milhão de reais na campanha de 2010.

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O esquema descoberto pela Pixuleco II foi montado em 2010 e predominou até julho de 2015, segundo rastreamento de pagamentos de propinas inclusive para a viúva do ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. O esquema beneficiava o ex-secretário de Recursos Humanos do Planejamento, na gestão de Paulo Bernardo, Duvanier Paiva Ferreira, morto em 2012.

O escritório “ligado ao PT” atua na área administrativa, bancária e financeira, consumidor e contratos comerciais, além de empresarial penal, fusões societárias e telecomunicações. Segundo a PF, recentemente houve desmembramento da sociedade de advogados, mas os escritórios desmembrados continuaram a funcionar no mesmo prédio. Um dos desmembrados, o escritório de advocacia Gonçalves, Razuk, Lemos & Gabardo Advogados ainda teria recebido 957.200 reais entre maio de 2014 a março de 2015 da Consist Business Software a título de “honorários advocatícios”.

Sobre os pagamentos efetuados aos escritórios de advocacia, a PF afirma que, “em pesquisa em fontes abertas, não logrou encontrar causas das empresas” que os contrataram. O escritório Guilherme Gonçalves não foi encontrado para comentar sobre o assunto.

(Com Estadão Conteúdo)

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