O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, recebeu nesta terça-feira uma nova leva de obras de arte do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso preventivamente durante as investigações da Operação Lava Jato. Ao todo, 22 foram obras identificadas após o depoimento do delator e lobista Milton Pascowitch, que detalhou que a compra de quadros era um dos mecanismos para camuflar o pagamento de propina a Duque. O ex-dirigente da estatal é réu em um processo de lavagem de dinheiro e corrupção, acusado de receber propina e embolsar parte dos valores em quadros de artistas famosos como Volpi, Di Cavalcanti e Guignard. De acordo com o Ministério Público, entre janeiro e agosto de 2011, o ex-executivo da Odebrecht João Antonio Bernardi teria oferecido propina a Duque para favorecer a empresa Saipem na contratação da obra de instalação de um gasoduto submarino de interligação dos campos de Lula e Cernambi. Em 2012, para ocultar fraudes antecedentes e dar ares de legalidade aos benefícios repassados a Duque, João Bernardi comprou em nome próprio ou em nome da empresa Hayley do Brasil, também envolvida na trama de irregularidades, obras de arte em favor do ex-diretor da Petrobras. (Laryssa Borges, de Brasília)