O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, foi transferido na noite desta terça-feira para o Quartel General da 5ª Região Militar, no bairro Pinheirinho, em Curitiba. Como militar reformado, Othon Luiz tem direito a não ficar na carceragem da Polícia Federal, base da Operação Lava Jato, mas em dependência das Forças Armadas.
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Othon Luiz foi preso na 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada Radioatividade, por suspeita de recebimento de pelo menos 30 milhões de reais de propinas no âmbito de contratos da Usina Angra 3. O dinheiro ilícito teria sido repassado por empreiteiras e transitou em contas de empresas intermediárias até aportar na Aratec Consultoria, controlada pelo próprio almirante.
Também foi preso na Radioatividade o executivo Flávio David Barra, presidente Global da Andrade Gutierrez Energia. Como civil, ele permanecerá na carceragem da PF, ao lado de outros alvos da Lava Jato. A ordem de prisão do almirante e do executivo da empreiteira foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato.
A temporária de Othon Luiz tem validade por cinco dias, mas ela pode ser prorrogada ou mesmo convertida em prisão preventiva – quando o confinamento prevalece até a conclusão do processo, exceto se o investigado obtém um habeas corpus.
Nesta quarta-feira, o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, que integra a força-tarefa da Polícia Federal na Lava Jato, comunicou o juiz Moro que o almirante foi encaminhado ao Quartel General da 5.ª Região Militar de Curitiba “onde permanecerá custodiado à disposição deste Juízo criminal”.
(Com Estadão Conteúdo)