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Justiça decreta 3ª prisão preventiva de Fernando Baiano

Decisão se baseia em novas provas de que o operador do PMDB recebeu propina da empreiteira Andrade Gutierrez

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jul 2015, 20h31

Responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, o juiz Sergio Moro decretou nesta quarta-feira mais uma prisão preventiva do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o operador do PMDB no bilionário esquema do petrolão. Esta é a terceira prisão preventiva decretada contra o empresário, que já é réu por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo que apura o pagamento de propinas em contratos de navios-sonda para a Petrobras.

O decreto de prisão de Baiano ocorreu depois que o Ministério Público recolheu novas provas da atuação dele como intermediário do pagamento de propina da construtora Andrade Gutierrez. Para o juiz Sergio Moro, as evidências colhidas nos processos da Operação Lava Jato indicam que Fernando Baiano dedicava-se “profissional e habitualmente” à intermediação de propinas e a práticas de lavagem de dinheiro em contratos de grandes empresas com a administração pública. A atuação criminosa do operador do PMDB no petrolão inclui a simulação de consultorias de prestação de serviços no Brasil e o envio de propina para contas bancárias secretas, abertas no exterior em nome de empresas offshores.

Documentos enviados por investigadores da Suíça foram utilizados por Moro para sustentar que há elementos reforçando a necessidade de manter o lobista preso. Entre esses dados estão informações sobre contas na Suíça que indicam que Fernando Baiano era o beneficiário final de conta em nome da offshore Three Lions Energy, destino de propinas pagas pelo executivo Julio Camargo e repassadas ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

“Do exame dos extratos da conta ainda é possível identificar outras prováveis contas secretas ainda mantidas no exterior por Fernando Falcão Soares, como a Falcon Equity Limited (para a qual foram feitas transferências de pelo menos seiscentos mil dólares da Three Lions Energy) e ainda a 3 Lions Heavy Industries Ltd. (para a qual foram feitas transferências de pelo menos trezentos mil dólares da Three Lions Energy)”, relatou o juiz. Se for colocado em liberdade, disse Moro, Fernando Baiano pode continuar a praticar crimes, fugir do país ou ocultar rastros de sua participação no esquema.

Baiano já foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como a pessoa que pagou propina de 1,5 milhão de dólares para que não houvesse entraves à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Em depoimento de delação premiada, Costa indicou que Nestor Cerveró, autoridades ligadas ao PMDB e o operador do partido no escândalo do petrolão podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina na compra da unidade de refino no Texas.

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