Justiça arquiva caso de queda de helicóptero da Delta
Acidente aconteceu em junho de 2011, em Porto Seguro; entre as sete vítimas estava a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
A Justiça da Bahia arquivou o processo que apurava a queda do helicóptero do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, em Porto Seguro, em junho de 2011. O acidente matou os sete passageiros da aeronave, entre eles a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), Mariana Noleto, de 20 anos.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça da Bahia informou que o caso foi arquivado por “impunibilidade”, já que o único indiciado pela tragédia, o piloto Marcelo Almeida, morreu no acidente. Almeida era dono do Jacumã Ocean Resort, condomínio de luxo para onde a aeronave se dirigia, e estava com a habilitação vencida desde 2005. Suspeita-se que ele tenha sido um grande doleiro no Rio de Janeiro na década de 90.
O helicóptero, modelo Esquilo prefixo PR-OMO, decolou do aeroporto de Porto Seguro por volta das 18h45 levando apenas mulheres e crianças. Cabral havia sido transportado num voo anterior, e o seu filho, Marco Antônio, seria transladado ao hotel na próxima decolagem.
Além da namorada do filho do governador, também morreu no acidente Jordana Kfuri Cavendish, esposa do dono da Delta, Cavendish.
Na época, o casou ganhou notabilidade por evidenciar as relações de Cabral com Fernando Cavendish, que tinha contratos com o governo do Rio de Janeiro. Em 2012, a sua empresa foi acusada pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro público e pelo envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, cabeça de um esquema de exploração ilegal de jogos em Brasília.