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Jucá sobre Moreira Franco: citado na Lava Jato todo mundo vai ser

Líder de Temer no Congresso, também mencionado em delação da Odebrecht, quer fim do sigilo dos depoimentos de 77 executivos e ex-executivos da empreiteira

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h08 - Publicado em 3 fev 2017, 16h51

O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as críticas, inclusive da base aliada, de que a nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência por meio de medida provisória do presidente Michel Temer tenha por objetivo garantir a ele foro privilegiado.

Moreira Franco foi citado na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho. A MP editada nesta sexta-feira dá a prerrogativa a Moreira Franco de responder a eventuais investigações criminais somente perante o Supremo Tribunal Federal (STF). “Mencionado na Lava Jato todo mundo vai ser de alguma forma, ainda mais quando querem dar essa visão geral de que toda doação de campanha é irregularidade”, afirmou Jucá.

“Não vejo problema para o Moreira, Padilha nem comigo”, completou, referindo-se ao seu caso e ao do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também citados na delação do ex-executivo da Odebrecht. Jucá disse que Moreira já vinha atuando como um “ministro” no governo Temer e que, com a MP, ele terá novas atribuições, como cuidar da comunicação do Executivo.

Jucá defendeu novamente a divulgação da íntegra do conteúdo das delações dos 77 dos executivos ex-executivos da Odebrecht e reafirmou que vai buscar a aprovação de um projeto a ser apresentado por ele que prevê a liberação de todas as informações de apurações em curso, inclusive delações premiadas.

Outros ministros

No evento desta sexta-feira,  Temer deu posse a outros dois ministros. O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) assumiu a Secretaria de Governo, vaga desde o escândalo que derrubou o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Já a desembargadora aposentada Luislinda Valois, também filiada ao PSDB, foi designada para o cargo de ministra dos Direitos Humanos. Ela exercia o cargo de secretária de Promoção da Igualdade Racial, que estava subordinada ao Ministério da Justiça.

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