Agora que foi eleito senador e conseguiu reeleger no primeiro turno o seu afilhado, Rui Costa, ao governo da Bahia, o ex-ministro Jaques Wagner deve entrar de corpo e alma na campanha de Fernando Haddad à Presidência da República. Ele deve desembarcar em São Paulo nos próximos dias e ser nomeado para um dos cargos de coordenador da campanha. “Ele pode assumir o posto que quiser”, comentou um integrante da campanha de Haddad, animado com a chegada do ex-governador.
Wagner terá como função atrair partidos de esquerda e centro para formar uma frente ampla de apoio a Haddad e tentar virar os votos lulistas que migraram para Bolsonaro na região Nordeste. O ex-prefeito de São Paulo se encontrou com Wagner em Feira de Santana, no sábado, no último dia de campanha antes do primeiro turno.
O ex-ministro de Dilma e Lula e ex-governador da Bahia era o preferido dentro do PT para ser o candidato do partido no lugar de Lula, condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro e preso em Curitiba. Wagner, no entanto, não aceitou o convite, abrindo espaço para Haddad. Ele era favorável à ideia de que o PT apoiasse a candidatura de Ciro Gomes (PDT).